Campo Grande News em 10 de Junho de 2020
Os investigadores de polícia judiciária Jorge Silva dos Santos, 50 anos, e Antônio Marcos Roque da Silva, 39 anos, mortos com tiros na nuca disparados de dentro da viatura, na rua Joaquim Murtinho, na tarde de ontem (10), estão sendo velados desde a madrugada desta quarta-feira (10) e serão sepultados em Campo Grande e Coxim.
Os policiais foram assassinados enquanto transportavam dois presos em uma viatura descaracterizada. O responsável pelos disparos que mataram os investigadores, Ozeias Silveira de Moraes, de 45 anos, acabou alvejado durante confronto, por volta das 04h desta quarta-feira (10), no bairro Santa Emília, na Capital. Ozeias chegou a ser socorrido, mas morreu na Santa Casa. O outro envolvido está preso.Caso
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos ) investigava um roubo de joias na rua Euclides da Cunha e chegou até William Dias Duarte Cormelato. Como ele já tinha em aberto mandado de prisão por violência doméstica, foi algemado para ir à delegacia prestar esclarecimentos.
Ozeias também era suspeito do roubo, mas sem mandado de prisão, acabou transportado apenas para averiguações. O que os policiais não sabiam é que ele entrou armado na viatura, com revólver calibre 38.
Os dois homens eram transportados em veículo Fiat Mobi usado como viatura descaracterizada, quando tudo aconteceu. William, testemunhou toda a situação e tentou fugir, mas foi recapturado, minutos depois, na mesma região. A Derf é uma das poucas delegacias que tem carceragem grande e por isso recebe muitos presos.
Lei
O assassino de dois policiais civis, Ozeias Silveira de Moraes, de 45 anos, era transportado sem algema em cumprimento a Lei do Abuso de Autoridade, segundo informou nesta manhã o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas.“Perdemos dois de nossos melhores policiais, covardemente assassinados quando conduziam um preso e outro suspeito (o preso devidamente algemado e o suspeito em cumprimento à Lei de Abuso de Autoridade, sem algemas). Aí fica a pergunta: que lei é esta que preserva o bandido e mata o policial?”, questionou. A Lei do Abuso de Autoridade entrou em vigor em janeiro deste ano.
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