Da Redação com assessoria da PMC em 20 de Fevereiro de 2020
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
Coreógrafo Kleber Costa, representou personagem de Frei Mariano e veio à frente do bloco
Para o diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joílson da Silva Cruz, o bloco já se tornou tradição na cidade. “O bloco era um momento para os servidores da Prefeitura brincarem o carnaval, mas hoje já é parte da cultura e não se limita mais apenas aos servidores. A saudosa Heloísa Urt iniciou esse evento e nós estamos dando continuidade.”
O prefeito Marcelo Iunes, que participou da folia e interagiu com os integrantes do bloco, elogiou a organização. “Um projeto que começou como um evento para os servidores, mas foi expandindo e hoje já é esperado pela população em geral. É muito gratificante ver o crescimento a cada ano.”
O prefeito aproveitou para pontuar a importância do bom fluxo de foliões para fomentar a economia. “No domingo durante o ensaio técnico já percebemos a grande presença de ambulantes e hoje, mais uma vez, muitas pessoas vieram aproveitar a oportunidade para ganhar uma renda extra. Que a população possa gerar cada vez mais oportunidades para quem precisa.”
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Sandálias ganhou a simpatia dos foliões e hoje é formado não apenas por servidores
“Me sinto honrado de vestir essa roupa e viver por uma noite esse personagem tão importante da nossa história. É algo muito grande, faz parte da nossa cultura e precisa ser sempre valorizado. Estou emocionado, de verdade. Nosso carnaval é maravilhoso e hoje já estamos sentindo a energia positiva do nosso povo.”
O bloco desfilou pela Passarela do Samba embalado por marchinhas, samba e axé. A descida teve inicio às 22h30 e levou os foliões até a avenida com muita alegria e descontração.
Bloco
Reza a tradição que Frei Mariano teria lançado uma maldição sobre a Cidade Branca, após ser acusado de não pagar o relógio da Igreja que havia construído. Ao ser expulso da cidade, Frei Mariano enterrou suas sandálias em algum local desconhecido e disse que Corumbá só se desenvolveria quando achassem suas sandálias.
Essa é uma das muitas lendas locais que ao longo dos anos povoaram o imaginário popular e hoje fazem parte da tradição carnavalesca da cidade. Tanto que, em 2006, foi criado o Bloco Sandálias de Frei Mariano formado, inicialmente, apenas por funcionários públicos. Criado pela ex-presidente da Fundação de Cultura do Município, Heloísa Urt, já falecida, com o passar do tempo e também pela força de sua história, outros foliões agregaram-se ao bloco que, embora extraoficialmente, chega a ter mais de mil pessoas descendo a avenida, entoando os versos da marchinha a Frei Mariano.
A letra do samba-enredo é a seguinte:
A turma do diz que me diz que
Diz/ que Frei Mariano
Enterrou suas sandálias
E azarou Corumbá - vôte!
Mas como praga de urubu
Não / mata cavalo
As sandálias de Frei Mariano
É carta fora do baralho
Fora com o chulé do padre!
Fora com o azar!
Hoje eu quero é folia
Hoje eu quero rosetar
Vôte, vôte, vôte, vôte!
Chispa, chispa, chispa!
Vôte, vôte, vôte, vôte!
Chispa, chispa, chispa, VÔTE!
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