Com uma morte e 750 casos notificados de dengue, "fumacê" também é suspenso em Corumbá

Corumbá não fará mais a aplicação de inseticida, por meio da bomba motorizada, popularmente conhecido como Fumacê. A medida segue decisão do Ministério da Saúde, que levou municípios do país a suspenderem o uso do produto essencial para o combate contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, devido ao desabastecimento.

Ao todo, neste ano, Corumbá registra 750 notificações de dengue, com uma morte confirmada pela doença, de um jovem de 18 anos, morador do bairro Borrowisk, parte baixa da cidade, no mês de abril.

O município vinha mantendo dois veículos que percorriam os bairros com maior incidência do Aedes aegypti, realizando os procedimentos de lançamento do produto, que tem como objetivo atingir, principalmente, as fêmeas do mosquito. Além disso, o inseticida atinge outras espécies de insetos.

Desabastecimento momentâneo

Conforme o Ministério da Saúde, o motivo é em decorrência de problemas com a formulação da empresa responsável pelo produto, que causou vazamento das embalagens, impossibilitando o uso e em decorrência disso, há um desabastecimento momentâneo do produto.

A nota informativa do Ministério da Saúde ainda explica MS vem utilizando o inseticida Malathion EW 44% para as ações de aplicação espacial (aplicação com equipamento costal motorizado e aplicação com equipamento de Ultra Baixo Volume). O inseticida Malathion EW 44% é um adulticida espacial organofosforado – fabricado pela empresa Bayer - empregado no controle de mosquitos Aedes aegypti para situações emergenciais com elevada transmissão das arboviroses dengue, chikungunya e zika vírus.

A nota visa ainda esclarece problemas identificados referentes ao produto, tais como formação de dupla fase, dificuldade de emulsificação, vazamentos de embalagens e do estoque disponível e as soluções adotadas pela atual Gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Posicionamento do Município

A Secretaria de Saúde informou que o estoque restante será utilizado em locais com maior índice de infestação por meio de bombas manuseadas pelos agentes de endemias que percorrem a cidade.

O alerta também é para que a faça também a sua parte, mantendo os terrenos limpos, ajudando a eliminar possíveis lugares que sirvam como criadouros do Aedes aegypti.