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Cia de Dança do Pantanal dá seu maior passo em Portugal

Nelson Urt - Agência Navepress em 30 de Março de 2019

Divulgação

No neoclássico, a Cia de Dança concorre com "Divertimento", de Mozart, coreografia de Beatriz de Almeida

A trajetória de Izabelle, Nubia, Nayara, Kelvin e Kauan, jovens que deram seus primeiros passos nas aulas de balé do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, ganha contornos profissionais na Europa. Eles agora fazem parte da Cia de Dança do Pantanal, que cruza o Atlântico para se apresentar no Concurso Internacional de Bailado do Porto, em Portugal. Dois bailarinos argentinos, Paloma Fernandez e Agustin Salcedo, também fazem parte do grupo que embarca na segunda-feira, 1º de abril para Portugal, chefiados pela diretora executiva e artística do Moinho, Márcia Rolon. A dança do Pantanal ganha sua vitrine mundial.

Quando surgiu, em março de 2017, a proposta era levar a dança que representava o bioma Pantanal associado à diversidade cultural sul-americana para todo o País. Exatamente dois anos depois, a Companhia de Dança do Pantanal, criada no Moinho por Márcia Rolon, dá seu maior passo e chega a Portugal, onde de 04 a 07 de abril participa do concurso.


A competição reúne grupos de balé clássico, neoclássico e contemporâneo de todo o mundo. A vaga foi conquistada em julho de 2018 ao ser escolhida como melhor grupo de dança contemporânea no Festival do Passo da Arte Internacional de Indaiatuba, em São Paulo, concorrendo com companhias de toda a América do Sul.


“Temos uma proposta ousada, diferenciada, com um tema contemporâneo que fala da disputa de território e a preservação do Pantanal”, destaca Márcia Rolon, diretora artística da companhia. “Normalmente as companhias de danças mundiais têm uma característica única: ou é balé clássico ou é contemporâneo. Nós trabalhamos com o balé clássico e o contemporâneo, e ainda alinhamos um elemento regional de interesse mundial que é o Pantanal”, completou.


Em Portugal, a Cia de Dança do Pantanal apresenta a coreografia contemporânea “Cultura Bovina”, de Chico Neller, responsável pelo Ginga Cia de Dança, e a peça neoclássica “Divertimento”, de Mozart, coreografia da mestre de dança Beatriz de Almeida.


Bolsas de estudo


No Porto, estarão em disputa bolsas de estudo oferecidas aos melhores classificados nas categorias clássico, neoclássico e contemporâneo, divididos por faixas etárias que vão dos cinco aos 30 anos. Escolas de dança de Londres, Zurique, Basel, Marselha e Munique disponibilizam as bolsas de estudo. E para o melhor grupo há uma premiação em dinheiro.


Divulgação/Nave Press

Coreógrafa e mestre de dança Beatriz de Almeida fez últimos acertos na peça neoclássica

Os jurados do Concurso Internacional de Bailado do Porto serão de Portugal, Brasil, Alemanha, Inglaterra, França, Espanha e Suíça. “É uma chance de crescimento muito grande”, diz Beatriz de Almeida. “Os bailarinos não vão só para dançar, eles também tomam aulas, são avaliados o tempo inteiro, se têm disciplina, se demonstram interesse, tudo isso conta nesse festival”, acrescenta.

Trata-se de uma vitrine mundial. É onde a Cia de Dança do Pantanal pretende alçar voos maiores na sua proposta de colocar a dança contemporânea pantaneira aos olhos de toda a Europa. Mesmo porque ela ainda carece de um patrocinador, embora possa contar com os apoiadores do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano – Vale, Itaú Social e BrazilFoundation. No concurso de Indaiatuba, a Viação Andorinha contribuiu com o transporte e a Ong Bolha de Sabão com a hospedagem.


“Vamos pisar em território europeu, e isso é raro em momento de crise, isso é um marco, mas ao mesmo tempo um salto para a gente conquistar de vez nosso profissionalismo”, afirma Márcia Rolon. “Queremos atrair os olhos de investidores brasileiros, de sul-americanos e, por que não, de europeus para a manutenção de nossa companhia, precisamos de uma empresa que adote unicamente a Companhia de Dança do Pantanal”, enfatiza.


Dois anos de luta


A Cia de Dança do Pantanal estreou em 2017 no Moinho e no mesmo ano fez sua primeira excursão a Campo Grande. A proposta de diversidade dos integrantes foi reforçada com a chegada dos mestres cubanos de dança, Rolando Candia e Mayda Rivero, referência em dança clássica na América do Sul e Caribe. “Formamos um grupo fantástico, e estamos progredindo a cada ano”, destaca o cubano Rolando Candia, prestes a completar três anos no Moinho.

 

Dos oito bailarinos, cinco são formados no Moinho. Eles se orgulham de fazer parte de uma história iniciada há 15 anos. Deram os primeiros passos de balé nos seus tempos de crianças no Moinho, que oferece a seus beneficiários aulas de dança, música, tecnologia, apoio escolar, educação ambiental e cidadania no contraturno escolar.


Divulgação/Navepress

Cia de Dança do Pantanal reúne representantes e temas da diversidade cultural da América do Sul

 

Ficha técnica do Concurso Internacional de Bailado do Porto (Portugal)

Cia de Dança do Pantanal.

Coreografia: “Cultura Bovina”

Coreógrafo: Chico Neller

Bailarinos: Izabelle Paiva, Nayara Aponte, Nubia dos Santos, Brenda Ribeiro, Kelven de Jesus e Kauan Coelho.

Coreografia: “Divertimento”

Coreógrafa: Beatriz de Almeida

Bailarinos: Nayara Aponte, Brenda Ribeiro, Paloma Fernandez, Kelven de Jesus, Kauan Coelho, Agustin Salcedo.

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