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Reinaldo anuncia cota zero para a pesca nos rios de MS a partir de fevereiro

Silvio Andrade, Assecom MS em 26 de Janeiro de 2019

Chico Ribeiro/Governo do Estado

Governador disse que o Estado fará recadastramento dos pescadores profissionais para corrigir disparidades no setor

O Governo do Estado vai estabelecer, por meio de decreto, cota zero para a pesca nos rios de Mato Grosso do Sul, a partir de fevereiro, anunciou o governador Reinaldo Azambuja ao participar do encontro dos pescadores esportivos, neste sábado, em Campo Grande. O modelo da nova legislação está sendo finalizada por técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

No dia 11 de janeiro deste ano, o governador sancionou a lei aprovada pela Assembleia Legislativa que proíbe a pesca do dourado por cinco anos, e o fim da cota de pesca amadora era uma medida que estava sendo aguardada há muito tempo pelos amantes dessa atividade e também pelo trade turístico. “É uma decisão de governo, está tomada, e na primeira semana de fevereiro vamos publicar a normativa com as novas regras de pesca”, disse Reinaldo.

Fomento ao turismo

Junto à medida, o Estado estabelecerá uma cota de pescado para ser degustado no barco ou na pousada e também definirá uma política de sustentabilidade dos pescadores profissionais. O governador adiantou que a Semagro está realizando um recadastramento de todos os filiados nas colônias de pescadores, com a participação das entidades, cruzando informações com dados do setor de pesca do governo federal. “Sabemos que há muitas irregularidades e quem é realmente pescador profissional está sendo explorado, vivendo sob pressão. Esse pescador profissional pode trabalhar como guia de pesca, ter uma renda digna”, declarou.

Arquivo/Prefeitura de Corumbá

Especialistas afirmam que cota zero dará "sobrevida" aos estoques pesqueiros

Com a cota zero – defendida pelo trade turístico de Corumbá, principal destino de pesca amadora do Estado -, segundo Reinaldo Azambuja, Mato Grosso do Sul vai estimular a prática da pesca esportiva, da qual é adepto, e fomentar o turismo, além de recuperar o estoque pesqueiro. “O nosso peixe está diminuindo a cada ano nos nossos rios”, atestou. “Vamos receber mais turistas, valorizar o pescador profissional e acabar com o atravessador.”

O governador lembrou que, antes de assumir o cargo, em 2015, pescou por dez anos consecutivos na Argentina, onde a pesca do dourado é proibida, e falou da emoção de fisgar uma espécie do chamado “Rei do Rio”, que hoje está desaparecendo dos rios, principalmente da bacia do Rio Paraguai. “A pesca esportiva é apaixonante, você fisgar um dourado e devolve-lo ao rio, depois de tirar uma foto, esse é o maior troféu que você leva”, disse.

Um divisor de águas

Para o presidente da Associação de Pesca Esportiva do Pantanal (Apep), Alexandre Pierin, a nova legislação anunciada pelo governador Reinaldo Azambuja, além de preservar o meio ambiente, despertará uma nova consciência no pescador e no turista. “A proibição do dourado foi uma vitória e agora, com a cota zero, haverá menos pressão nos rios, principalmente no Pantanal, e estaremos preservando também a cultura da pesca esportiva”, declarou.

Especialista em ictiofauna, o biólogo Thomaz Lipparelli, também elogiou a medida, afirmando que a cota zero será a sobrevida dos estoques pesqueiros e também um divisor de águas para o pescador profissional que vive nas barrancas dos rios. “A alternativa desse pescador está na pesca esportiva, onde ele pode ter trabalho e renda”, disse. “Hoje o pescador busca a esportividade e a cota zero vai tornar a pesca no Estado em evidência, atraindo mais turistas”.

Comentários:

Mauro Motta: Acredito que está decisão contribui e muito para solucionar em parte a questão do estoque pesqueiro na região do pantanal. Porém não é a única solução, uma vez que muitos peixes acabam desaparecendo pela da bacia pela própria degradação ambiental execida por diversos fatores além da própria pesca. Nós corumbaenses muitas vezes pouco assistidos por políticas ambientais eficazes, temos a cultura social de pescar o seu próprio peixe para consumo pessoal e transmitir para as gerações futuras tradições de uso correto do Rio e de suas riquezas, ficaremos impactados com uma atitude de tamanha magnitude. É necessário uma revisão antes de uma concretização de tal medida. O turista que vem de fora, já chega na região sabendo da necessidade de preservação dos limites da sua atividade aqui, o que falta é recursos humanos, materiais e tecnológicos para uma fiscalização mais ostensiva. O meio ambiente e as riquezas naturais da bacia devem ser sim preservadas, só que com estudos mais criteriosos para tal objetivo.

Luis Antonio Arantes: O Bolivianos e Paraguaios também farão o mesmo ???

jose Baltazar Donadeli : Quero parabenizar tal atitude do executivo estadual já era a hora desse feito ser lei .Gostaria de implementar ainda mais essa atitude que vigora em . muito países. . A matriz tem que ser preservada um Pintado de mais de 20 kilos tem que ser solto mesmo pelos profissionais e isso segue para Pacu e outros peixes tem que ter limites para menor e também para o maior. Assim terá mais agilidade e rapidez a as novas Instruções Normativas para pesca no MS . ABRAÇOS.

Antonio Valdilei Loureiro: Tenho a impressão que a "autoridade" de plantão se deixou levar por uma campanha ostensiva e infundada, promovida e difundida pelos profissionais da mídia que divulga o esporte "pesca". Todo pescador turista já está conscientizado da preservação. Tenho certeza que a implementação da "cota zero" trará prejuízos incalculáveis aos que vivem do turismo da pesca. Pondero, cada vez que vou pescar deixo no MS, no mínimo, R$ 3.000,00 (hotéis, guias de pesca, fornecedores de iscas, combustível etc.), sem contar o valor da tarifa cobrada pela licença de pesca.

Januário CORRÊA filho: Já presenciei caminhonete descarregando 500 kg de pintado em uma peixaria do ms.Sera que eram turistas ?Trazer um px pra comer com a família seria este o problema do ms.

Alam marques da silva: Infelizmente essa nao e uma boa noticia. Comer um peixe que vç traz nao tem preço.e nos amadores preservamos sim toda vez deixo ai 4 a 8 mil e a lei for aprovada nao vou mais pois o trazer um pouquinho e muito bom. Minha opiniao reduz a cota ja seria bom.

Celso Vantuir Ferrari : Eu concordo plenamente. E que o estado de São Paulo adote também principal a espécie do. Dourado

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