Rosana Nunes em 12 de Dezembro de 2018
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Delegados e peritos da Polícia Civil estiveram hoje à tarde na loja incendiada, mas não puderam iniciar a perícia
Os bombeiros, com o apoio de outras instituições e empresas, trabalharam durante 26 horas para acabar com as chamas, que iniciaram pouco depois das 14h40 de segunda-feira (10), e utilizaram mais de 500 mil litros de água na operação. As ações de rescaldo só foram encerradas às 17h de terça. “A carga de incêndio da edificação era muito alta: papel, plástico, todo esse material que pega fogo alto e quando está meio compactado temos mais dificuldade. Tivemos dificuldade para apagar apenas jogando água por cima porque o teto caiu e era de folha dupla de zinco, então jogávamos água e ela escorria pelo zinco e caía em poucos pontos. Tivemos que levantar esse teto caído e jogar água por baixo”, explicou em entrevista ao Diário Corumbaense, o comandante do 3º Grupamento de Bombeiros, tenente-coronel André Delai Rufato.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Nasser Safa, dono da Tentação, explicou que havia muito material estocado no depósito
O dono da loja, Nasser Safa, contou que no depósito, que ficava na parte superior, nos fundos do prédio, havia muita mercadoria inflamável estocada, desde enfeites natalinos, materiais para o carnaval e bebidas. O comerciante obteve autorização dos peritos para retirar os escombros da frente do prédio e liberar a calçada. Mas, dentro da estrutura nada pode ser mexido até a liberação da perícia.
Consequências
Além da perda total da loja, o incêndio causou danos à estrutura de dois imóveis que ficam ao lado das instalações. Um deles foi interditado na terça pela Defesa Civil e as três moradoras estão sendo acolhidas por uma vizinha até que a situação seja resolvida. Outro imóvel, que está desocupado, mas o dono vinha fazendo reforma, foi vistoriado nesta quarta-feira e também teve avarias significativas. O proprietário foi orientado a parar com a obra e não permitir a circulação de pessoas na casa.
A Tentação completou 20 anos no comércio de Corumbá desde que surgiu em 1998 como uma loja de produtos a R$ 1,99. Há dois anos, passou a funcionar no prédio próprio, na 13 de Junho entre Antônio Maria e Antônio João. O comerciante Nasser Safa, ratificou que o estabelecimento não tem seguro. Ainda abalados, Nasser e a família esperam recomeçar a luta de quase 30 anos, quando tinham uma loja de confecções. Eles têm recebido a solidariedade de amigos, clientes e até de quem não conhecem, que se comoveram com a perda de uma vida de trabalho.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
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