Campo Grande News em 06 de Dezembro de 2018
A eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, está mantida para 14h desta sexta-feira (07), anunciou em entrevista coletiva, a presidente do Legislativo, Daniela Hall (PSD). Segundo ela, o fato de dois membros de uma das chapas inscritas estarem presos não afeta a eleição, já que Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB) estão aptos para o pleito.
João Pires/Estado Notícias
Daniela Hall (centro), Sérgio Nogueira e Lia Nogueira em entrevista coletiva nesta manhã
Pedro Pepa é candidato a presidente da chapa “Legislativo Forte” e tem Cirilo Ramão como candidato a segundo-secretário. A outra chapa é encabeçada pelo vereador Alan Guedes, também do DEM.
Pepa, Cirilo e o vereador Idenor Machado (PSDB), presidente do Legislativo douradense de 2011 a 2016, foram presos ontem na operação desencadeada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul e Polícia Civil.
Também estão presos Amilton Salina, ex-funcionário da Câmara, e Dirceu Longhi, ex-vereador e que foi primeiro-secretário no período em que Idenor presidiu o Legislativo. Os cincos mandados são de prisão preventiva, ou seja, sem prazo determinado.
Sobre a operação, Daniela Hall afirmou não saber se as empresas investigadas continuam ou não mantendo negócios com a Câmara, já que não teve acesso à investigação do MP. Entretanto, ela prometeu fazer uma auditoria em todos os contratos do Legislativo com prestadores de serviços.
Afastamento
Surgiram boatos hoje de que Idenor Machado deve pedir afastamento do mandato, assim como fez a vereadora Denize Portolann (PR). Denize foi presa no dia 31 de outubro deste ano na Operação Pregão, que também investiga corrupção envolvendo licitação, só que na prefeitura. Ela foi secretária de Educação de março de 2017 a janeiro de 2018.
Atualmente a vaga de Denize na Câmara é ocupada pela suplente Lia Nogueira (PR). Se Idenor pedir afastamento, a cadeira dele será ocupada pelo suplente Maurício Lemes Soares (PSB).
A operação
Batizada de Cifra Negra, a operação desencadeada ontem em Dourados investiga fraude em licitação e pagamento de propinas a servidores públicos. Foram dez mandados de prisão – cinco em Dourados e cinco em Campo Grande, cujos nomes dos presos não foram informados.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a ação é desdobramento das operações Telhado de Vidro e Argonautas, que investigaram crimes de fraude em licitação e corrupção ativa em 2013 e 2014.
A investigação aponta que as mesmas empresas se apresentavam em concorrências e agiam em conjunto. Algumas delas só existiam no papel. O objetivo era simular uma disputa de propostas. “Sem a devida a concorrência, os valores dos contratos oriundos destes processos se faziam exorbitantes”, diz o MP. (Colaborou João Pires)
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