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Líder indígena de MS, Catarina Guató tem casa incendiada e amigos fazem campanha

Mylena Fraiha - Campo Grande News em 29 de Fevereiro de 2024

Arquivo/Augusto Dauster

Além de artesã, Catarina Guató é reconhecida como mulher canoeira do Pantanal

Na última sexta-feira (23), a líder indígena Catarina Guató, reconhecida por seu trabalho no artesanato e na preservação da cultura do povo Guató, teve sua residência invadida e incendiada na cidade de Corumbá, situada a 425 km de Campo Grande.

Ao Campo Grande News, Catarina explica que uma semana antes do incêndio, sua casa foi invadida e diversos objetos foram furtados. Na ocasião, ela estava em tratamento médico em Campo Grande e não presenciou o ocorrido.

Catarina explicou que, dias depois, criminosos retornaram à sua residência e atearam fogo em uma parte da casa. "Arrombaram a porta dos fundos e botaram fogo. Eu não estava lá, mas perdi todas as minhas coisas", lamentou a líder indígena.

Ela explica que vizinhos rapidamente acionaram o Corpo de Bombeiros, que conseguiu controlar as chamas. Entretanto, a casa ficou completamente destruída. Catarina afirmou que um boletim de ocorrência será registrado para investigar o incidente.

Para auxiliar a líder indígena, familiares e amigos organizaram uma campanha de Pix Solidário. Interessados em doar qualquer valor podem enviar para a chave 67 9698-6764. 

Reconhecimento

Mulher canoeira e artesã, Catarina é um símbolo de força, resistência e luta. Ela é uma das poucas mulheres difusoras do artesanato com o aguapé, uma planta aquática da região, uma prática que é uma tradição dos indígenas da etnia Guató.

Em novembro do ano passado, Catarina Guató recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), durante uma cerimônia no Teatro Glauce Rocha.

A premiação reconheceu sua notável contribuição em direitos humanos, no fortalecimento da identidade sul-mato-grossense e no desenvolvimento do setor industrial de Mato Grosso do Sul.