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Iphan entrega certificação do Banho de São João como Patrimônio do Brasil

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMC em 28 de Agosto de 2021

Divulgação/PMC

Presidente da Fundação da Cultura e festeiros receberam certificado

Corumbá recebeu na sexta-feira, 27 de agosto, a certificação do registro do Banho de São João como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
A cerimônia ocorreu de forma híbrida – presencial e virtual – no auditório da Associação Comercial e Empresarial e contou com a participação do diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joílson Cruz, que representou o prefeito Marcelo Iunes.

“Hoje vivenciamos um marco histórico. Foram anos aguardando essa notícia, esse título. Muitos festeiros e festeiras que viram o início dessa história não puderam ver o resultado positivo que temos agora, mas nós guardaremos seus nomes na memória das nossas cidades. Corumbá e Ladário continuarão celebrando… sempre”, declarou Joílson Cruz ao destacar a singularidade da forma pela qual Corumbá e a cidade vizinha Ladário festejam o santo junino.

De Brasília, a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, participou do momento por meio digital. O mesmo recurso foi utilizado pelo diretor-presidente da Fundação de Cultura de Ladário, Cléber de Miranda, que representou o prefeito Iranil Soares.

A presidente do Conselho Municipal de Política Cultural de Corumbá, Marcelle de Saboya Ravanelli e alguns festeiros de São João de Corumbá, entre eles, Rosana Lídia da Silva Pereira, que herdou a festa da mãe, Maria Paula da Silva, estiveram presencialmente no auditório em Corumbá.

Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense

Foto de arquivo mostra imagem do santo banhada no rio Paraguai

O reconhecimento

A aprovação do Banho de São João de Corumbá e Ladário como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil aconteceu no dia 19 de maio, durante reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O pedido inicial foi realizado em 2010 pela Prefeitura Municipal de Corumbá, por meio da então Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, e a partir daí uma série de estudos, pesquisas, festejos, interações, entrevistas, coleta de materiais e cooperação geral foram realizados, envolvendo o próprio Iphan, Prefeitura, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Conselho Municipal de Políticas Culturais, entre outros.

Somente em Corumbá, atualmente, pelo cadastro da Fundação da Cultura do Patrimônio Histórico há quase cem festeiros no território urbano. Com a pandemia, este ano, lançou-se um edital para os festeiros entregarem um registro audiovisual sobre a trajetória de suas comunidades para compor o acervo da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico.

Os primeiros registros do Banho de São João em Corumbá e Ladário são datados do final do século XIX em jornais da época que já relatavam a forma singular dos festejos juninos nas duas cidades pantaneiras. Estudiosos afirmam que os festejos reúnem uma miscelânea de influências de povos, entre eles, os árabes e portugueses. Também marcam os festejos, o sincretismo religioso, sobretudo entre o catolicismo e as religiões de matrizes africanas.

Devido à pandemia da covid-19, desde 2020, a celebração vem sendo realizada com restrições, em âmbito doméstico, e descida reduzida dos andores para o banho do santo no rio Paraguai. 

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