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Após UFMS cortar vagas pelo Sisu, estudantes fazem campanha pela permanência do sistema

Campo Grande News em 15 de Outubro de 2020

Estudantes de escolas públicas resolveram reagir após comunicado divulgado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) informando o fim da disponibilização de vagas por meio do programa Sisu (Sistema de Seleção Unificada), já em 2021. Pela internet, campanha pede #FicaSisuNaUFMS e ganhou apoio de acadêmicos que ingressaram na universidade por meio do programa.

Marcos Vinicius Alves dos Santos, de 18 anos, é aluno do terceiro ano do Ensino Médio na Escola Estadual Joaquim Murtinho, em Campo Grande. Preocupado, ele e duas amigas tiveram a ideia de mobilizar a internet a favor da continuidade das vagas para alunos já inscritos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). 

“Isso nos pegou de surpresa, esperamos por tanto tempo para chegar no terceiro , principalmente aqueles que já estão se preparando, crendo que vão entrar na UFMS assim que prestar o Enem, pelo Sisu. Acabou deixando não só eu, mas vários outros colegas preocupados de como entrar na faculdade”, relata o estudante.

A ideia de ir para a internet surgiu em conversa com outros alunos da escola onde estuda. “Em conversa com alguns alunos líderes de sala, eu e uma amiga do 2°ano do Ensino Médio e uma acadêmica de pedagogia da UFMS fizemos  um grupo de WhatsApp, procurando alunos que estejam interessados em seu futuro, nos ajudando a fazer publicações, uma ação na suas redes sociais para a Federal ver que estamos de olhos abertos e por dentro das coisas que acontecem”, relata Marcos.

Os posicionamentos contrários à decisão estão sendo publicados por usuários do Twitter e, desde a divulgação do fim das vagas por meio do programa, em menos de 24 horas, já motivou pelo menos 100 ‘tweetes’.

Conforme o estudante, a mobilização online será ainda maior nesta sexta-feira (16), ocasião em que o Conselho Estudantil se reunirá para discutir o fim da disponibilização das vagas por meio do Sisu.

Entre os apoiadores, acadêmicos como a estudante de pedagogia, Agnes Viana, de 22 anos. "Vamos pressionar os conselheiros para que eles não aceitem. Queremos garantir que os estudantes que tinham expectativas de entrar pelo Sisu não sejam prejudicados.” 

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