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Reinaldo pede a Bolsonaro liberação de apoio a Estados e municípios ainda em maio

Campo Grande News em 21 de Maio de 2020

Reprodução

Reinaldo durante reunião virtual de presidente com governadores nesta manhã

O governador Reinaldo Azambuja abriu nesta manhã, em nome dos governadores brasileiros, a reunião dos estados com o presidente Jair Bolsonaro. O encontro virtual teve como principal tema o projeto de ajuda federal a estados e municípios, que já foi aprovado e agora depende da sanção do presidente.

Reinaldo elogiou os debates sobre o tema e reforçou pontos que os estados defendem como primordiais para o enfrentamento da crise. Cobrou, em primeiro lugar, a sanção imediata da medida, parada desde 07 de maio, após aprovação no Senado.

“Foi uma construção coletiva dos poderes, que souberam discutir e chegar a um texto de consenso. A crise atingiu dona de casa, trabalhadores, empresários, municípios e a própria União. Sabemos que neste momento precisamos de união”, disse o governador sul-mato-grossense.

Reinaldo lembrou que só com repasse de recursos federais será possível a manutenção das atividades, inclusive, para resolver as demandas de saúde impostas pela covid-19.

Os estados têm pressa, por isso Reinaldo solicitou que a liberação da primeira parcela ocorra até 31 de maio. “É crucial porque estamos vivendo perda brutal das nossas receitas”, reforçou.

Sobre vetos, o governador disse que “qualquer decisão será respeitada”, mas bateu na necessidade de veto na questão do aumento salarial dos servidores públicos. Os governadores esperam que o presidente vete o trecho da lei que abre espaço para reajuste salarial ao funcionalismo.

Em contrapartida ao socorro a Estados e municípios, o Congresso incluiu no projeto que prevê R$ 60 bilhões para governadores e prefeitos o congelamento salarial dos servidores públicos até o final do próximo ano. Só que, durante a tramitação da proposta, deputados e senadores excluíram várias categorias da proibição de reajuste salarial.

“Sabemos que o senhor está sofrendo pressão e também estamos sofrendo pressão, mas todos temos de dar uma cota de sacrifício”, disse.

Outro ponto solicitado foi a manutenção de artigo que obriga aditamento contratual de dívidas dos estados com bancos. Os governadores defendem que o pagamentos seja suspenso até 31 de dezembro e que as parcelas sejam incorporadas no fim do contrato ou ao longo das parcelas a partir de 2021. 

A reunião virtual terminou em menos de uma hora e, além do governador de Mato Grosso do Sul, apenas os governadores do Espírito Santo e de São Paulo usaram a palavra, reforçando o discurso de Reinaldo.

Por fim, o presidente garantiu que sanciona ainda hoje o apoio, mas não disse se será com ou sem vetos.

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