Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 17 de Abril de 2020
‘O
PERSONAGEM’: Numa
pesquisa, poucos que transitam pela Avenida Fernando Correia da Costa saberiam
da trajetória do cidadão que empresta-lhe o nome. Filho do ex-governador Pedro
Celestino C. da Costa, Fernando C. da Costa nasceu em 1903 em Cuiabá e aos 23
formou-se médico. Veio clinicar em Campo Grande e se elegeu prefeito em 1947
aos 44 anos de idade. Em 1950 chega ao Governo vencendo Filinto Muller por
5.500 votos; em 1959 se elege senador; em 1961 volta se eleger governador. Em
1967 ganha novo mandato de senador até 1975. No governo (1947-51) foi sucedido
por João Ponce de Arruda e na última vez por Pedro Pedrossian. Morreu em Campo
Grande, aos 87 anos, no dia 10/12/1987. Político honrado; sem nódoas - merece
ser reverenciado!
HOMENAGEAR os homens públicos de bem deveria ser pratica bem maior que as
noticias ruins envolvendo políticos ultimamente. A honestidade, uma
obrigação, é vista hoje como exceção virtuosa. É mais ou menos como a imprensa
noticia com surpresa até – quando o taxista devolve a carteira com dinheiro ao dono
- o ex-passageiro. O conceito ruim da atual classe política se deve também às
prisões de muitos deles, que embora soltos pelas ‘benesses’ da justiça, não se
livram do estigma. Incomparável por exemplo - a conduta do dr. Fernando Correia da Costa com
as de certos políticos do Estado,
fregueses da Polícia. Aliás, espera-se que tenhamos ficado livres deles.
Aleluia!
‘BEM
NA VEIA’: “ Políticos te mandam ficar em casa e
abrir mão de sua renda, mas não abrem mão do dinheiro público que paga o
salário deles, nem abriram mão dos recursos do fundo eleitoral partidário. Toda
uma população está sendo sacrificada para garantir o conforto deles em meio ao
caos.” (jornalista Caio Coppolla –
TV-CNN)
MANDETTA O que houve o leitor já sabe. Falarei do futuro dele citando Machado de Assis: “O tempo caleja a sensibilidade e oblitera (extingue) a memória das coisas”. (Memória Póstuma de Brás Cubas). Com 2022 longe, as opções são: Goiás, São Paulo e Campo Grande. Em Goiás perderia a visibilidade nacional, em ‘Sampa’ correria o risco de trombar com o ego do governador João Dória (DEM). Na ‘terrinha’ teria a missão de preservar o espaço para tentar o Senado ou o Governo. Lidar com o tempo e ‘ficar em casa’ como recomendava, seria um desafio para quem já foi designado pelo colunista como ‘a estrela que sobe’. Coisas da política. Nada que surpreenda a experiência.
DA
ASSEMBLEIA-1: Deputado Antônio Vaz (Republicanos): Requer assistência às vítimas da
violência domestica; a reabertura das igrejas na capital; a flexibilização da
locação dos templos e que 1º de abril seja o ‘Dia do Clamor’. Deputado Contar(PSL): Pede intensificação no
combate à dengue; suspensão da cobrança de ICMS às empresas afetadas pela crise
e abertura de crédito para recuperação financeira delas. Deputado Lídio Lopes (Patriotas): Requereu,
o congelamento dos valores das taxas do
Detran-MS com atualização anual, dia 1º
de maio e não mensalmente como é hoje. Deputado Marçal Filho (PSDB) quer os comerciários e comerciantes no rol dos
prioritários na vacinação contra a gripe e participou de todas as sessões ‘on
line’.
DA
ASSEMBLEIA-2: Deputado Evander Vendramini (PP): Requer à Febraban mais ações dos bancos com
álcool gel e máscaras aos usuários; redução das mensalidades das escolas
particulares; atendimento dos planos de saúde no combate ao coronavírus.
Deputado José C. Barbosa (DEM);
Requer a ação mais intensa do Procon quanto a fiscalização nos preços dos
artigos da cesta básica; aprovou a prorrogação da validade do exame médico dos
concursos da PM e Bombeiros. Deputado José
Teixeira (DEM): Requer a construção da subestação pela Energisa em Inocência.
Deputado Neno Razuk (PTB) presente
nas sessões , aderiu a doação ao Fundo
E. Saúde contra o conoravírus.
DA
ASSEMBLEIA-3: Deputado João Henrique Catan (PL): Muito ativo nas sessões virtuais; lamenta
a saída do Ministro Mandetta (Saúde), diz que o vírus ganha aliados no Brasil.
Deputado Lucas de Lima (Solidariedade):
presente as sessões ‘on line’ e no dia 13 fez uma LIVE arrecadando alimentos
via facebook e youtube para os atingidos socialmente pelo coronavirus. Deputado
Gerson Claro (PP): Líder do Governo
ajudou a viabilizar o Fundo Estadual de Saúde. Presente as sessões ‘on line’,
aposta no êxito das ações do Governo para minimizar os estragos pelo coronavírus.
‘O
METEORO’: Tudo mudou ou mudará! De Porto Murtinho
a Nova Iorque. Aquilo que vimos nos filmes de ficção aconteceu. Mas não foi
aquele bloco gigante de pedra (desviado pelo Superman) vindo do espaço que iria
explodir a terra em pedaços. Foi sim o ‘meteoro’ invisível que exige o
microscópio para detectá-lo e não um telescópio. A chegada do coronavírus
anuncia uma crise abrangente, complexa para a humanidade e com consequências
também na política no Brasil e no mundo. Para uma macro visão do leitor estamos
publicando abaixo opiniões diversas sobre a pandemia e seus reflexos.
‘VARGAS
LIOSA’: “Acredito que é impossível não ter medo
da morte se você não estiver muito desesperado ou tiver uma vida demasiada
trágica para desejar que ela acabe. Essa é a exceção à regra. O normal é ter
medo da extinção. Em uma situação como a que vivemos agora, vendo amigos ou
conhecidos que desaparecem arrastados por essa doença, é impossível que o medo
da morte não se espalhe. É a reação saudável, natural. Além disso, graças à
morte a vida é maravilhosa, tem essas compensações fantásticas, como a leitura,
por exemplo. Espero que aumente graças à pandemia!” (Mario V. LIosa, escritor
peruano ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010).
‘LER
E PENSAR’: “O mundo está em suspensão. O momento é
de recolhimento, de silêncio. A experiência do isolamento social, para
enfrentar o horror do coronavírus pode trazer lições valiosas à humanidade. Se
essa tragédia serve para alguma coisa é mostrar quem nós somos. É para nós
refletirmos e prestar atenção ao sentido do que venha mesmo ser humano. E não
sei se vamos sair dessa experiência da mesma maneira que entramos. Tomara que
não”. (Ailton Krenak, ativista sócio ambiental e defesa dos direitos indígenas
e doutor honoris causa pela Universidade de Juiz de Fora)
‘BILL
GATTES’: “Quando eu era criança, o desastre que
mais temíamos era uma guerra nuclear. Hoje, o maior risco de catástrofe global
não se parece uma bomba, mas sim com um vírus. Investimos muito em armas nucleares,
mas bem pouco em um sistema de barrar uma epidemia. Não estamos preparados. É
bastante provável que o mundo viva uma epidemia assim nos próximos 10 ou 15
anos. Para lutar contra as pandemias globais, também se deve lutar contra a
pobreza. É por isso que corremos o risco de ignorar a relação entre segurança
de saúde e segurança internacional.” (trecho de palestra proferida por Bill
Gattes em 2017)
‘
FUTURO?’: “ Haverá mudança drástica de cultura, e
a escassez da pandemia mostrará que para construirmos um mundo melhor, futuro
desejado por todos, há um preço a pagar. Reagir é pouco, precisamos antever os
sinais emergentes para agir no presente... O imediatismo deve mudar...Com a
transformação e o avanço da tecnologia podemos tudo, mas é hora de ver o que
realmente será bom para todos de nossa espécie. O crash econômico fará a
humanidade repensar sua forma de viver e trabalhar, especialmente de fazer negócios”. (Jaqueline
Weigel)
REALIDADE:
“Nosso sistema está na reta final, pois tornou-se mais destrutivo do que
criativo. Devemos construir uma alternativa. A maioria das pessoas vive
confusa. Inúmeros políticos anunciam um fim gradual da crise, apesar de que os
indicadores mostram o contrário. Os partidos políticos considerados
progressistas converteram-se em gestores do sistema. As instâncias morais
limitam-se a denunciar os abusos, sem indicar as causas ou condenar a lógica
que os produzem...” (Birgit Daiber - François Houtart)
‘DAY AFTER’: Falando o português bem claro - vamos ter que alterar todos os planos pessoais e empresariais; cortar na carne e rever conceitos de estilo de vida. Implica em economizar, diminuir o dinheiro em circulação e a arrecadação de impostos. Exemplo; aqui no MS. a venda de combustíveis caiu 60% e a venda do varejo em 50%. Algumas atividades e profissões terão que ser repensadas. As demissões já chegaram por aqui. Mas os indicativos são apocalípticos aqui, no país e no mundo. Estamos todos no mesmo barco. A situação é infinitamente pior que as crises nos ‘Governos Sarney e Dilma’. Boa hora para conferir se Deus realmente é brasileiro.
Quem
é mais rápido: o coronavírus ou as más notícias? (na internet)