Leonardo Cabral em 18 de Outubro de 2019
Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense
Local de votação em Corumbá, será a escola Cyríaco Félix de Toledo, no Centro
A estimativa, conforme o Consulado Boliviano, é de que em Corumbá, moram cerca de 4 mil bolivianos, mas apenas 230 pessoas se cadastraram para votar aqui no município no domingo, 20 de outubro. Boa parte atravessa a fronteira para votar na cidade de origem.
Em todo o Brasil, mais de 45 mil bolivianos estão aptos ao voto, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral Boliviano. O voto não é obrigatório para quem vive fora do País.
A seção de votação estará aberta a partir das 08h do dia 20 de outubro em Corumbá. “Estaremos no local até às 16h, porém, as pessoas que estiverem ainda na fila no encerramento do horário, serão atendidas, podendo computar o voto”, explicou o cônsul da Bolívia, Armando Pacheco Gutierrez salientando que todos os eleitores deverão apresentar a carteira de identidade e o documento que comprove o “empadronamento”.
Pelo Brasil, haverá votação em Epitaciolândia (AC), Brasília, Rio de Janeiro, Cáceres (MT) e Guajará Mirim (RO), além de mais 15 locais em São Paulo e, em Corumbá.
Nessas eleições serão eleitos o presidente e vice-presidente da Bolívia, 130 deputados e 36 senadores para o período de governo 2020/2025. Ao todo, são nove candidatos na disputa à presidência da Bolívia.
Evo mais uma vez na disputa
E mais uma vez o atual presidente da Bolívia, Evo Morales, concorre ao pleito, após decisão do Tribunal Constitucional da Bolívia em novembro de 2017, aprovar a reeleição para presidente, apesar do resultado do referendo de 2016, quando os bolivianos votaram majoritariamente pelo “Não”, e Morales perdeu. No entanto, Evo recorreu ao Tribunal Constitucional, conseguindo autorização para ignorar a Constituição e ser candidato em 2019.
Conforme pesquisas eleitorais, Evo Morales aparece liderando as intenções de votos e pode ser eleito no primeiro turno. Pela lei eleitoral daquele país, o candidato precisa ter 50% dos votos mais um ou 40% com diferença de dez pontos para o concorrente.
Evo Morales vai em busca do seu quarto mandato e poderá se manter no poder do país vizinho por 19 anos, sendo consagrado o chefe de estado latino-americano que está há mais tempo no poder.
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