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Miranda: TRE mantém cassação de prefeita por compra de votos em 2016

Campo Grande News em 23 de Abril de 2019

Reprodução/Facebook

Prefeita cassada de Miranda, Marlene Bossay

Por unanimidade, os ministros do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) decidiram manter a cassação da prefeita de Miranda, Marlene Bossay, por compra de votos e abuso de poder econômico. No julgamento, realizado nesta segunda-feira (22) também foi mantida a cassação de seu vice, Adailton Rojo Alves (PTB), e do vereador Ivan Bossay (MDB), filho de Marlene. 

Os três também estão inelegíveis pelos próximos oito anos, mas tiveram a multa individual a que tinham sido condenados, reduzida de R$ 30 mil para R$ 10 mil. Ainda cabe recurso. Agora, a Câmara de Vereadores do município deve marcar uma eleição indireta, ainda sem data para ocorrer, em que serão definidos os substitutos dos políticos cassados. 

Denúncia

A denúncia foi apresentada o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em 07 de dezembro de 2016, poucos meses depois das eleições. Conforme a acusação, em 26 de setembro de 2016, Alexandre Bossay, também filho da prefeita e irmão de Ivan, foi à aldeia Lalima, onde “deu e ofereceu” a uma moradora cestas básicas em troca de votos.

O fato foi constatado por uma guarnição da Polícia Militar, que prendeu Alexandre – solto depois mediante pagamento de fiança –, também suspeito de tentar trocar votos por cestas básicas, dinheiro e um narguilé com um menor, conforme apontado em conversas por aplicativos de mensagens.

Ainda conforme o MPMS, em 21 de setembro daquele ano, a campanha de Marlene foi acusada de distribuir vales-combustíveis a eleitores também para tentar cooptar votos. Em operação policial, foram apreendidos 39 tíquetes de abastecimento em um posto de combustíveis da cidade e registros de câmeras de segurança.

No último dia 04 de abril, o juiz eleitoral Alexsandro Motta, da Comarca de Miranda, aceitou a denúncia e decretou o imediato afastamento dos cargos e a cassação dos diplomas e mandatos. 

Na manhã desta terça-feira (23), o expediente foi normal na Prefeitura. Tanto a administração municipal quanto a Câmara de Vereadores esperam a notificação da decisão judicial para agir.

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