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Voluntários da saúde vão para a Serra do Amolar atender ribeirinhos e brigadistas

Da Redação com Ascom IHP em 28 de Outubro de 2024

Divulgação/IHP

Equipe de saúde que irá fazer trabalho voluntário nas comunidades afetadas pela fumaça

Uma equipe voluntária, formada por médico infectologista, técnica em enfermagem, uma psicóloga e uma médica-veterinária, embarcou nesta segunda-feira (28), em Corumbá, para a região da Serra do Amolar e realizará atendimentos emergenciais nas comunidades indígena Barra do São Lourenço e Aterro do Binega, além de moradores que vivem isolados no rio São Lourenço e brigadistas que estão atuando no combate aos incêndios naquele território.

Os voluntários atenderam a um chamado feito pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), depois que moradores das comunidades apontaram a necessidade de atendimento de saúde.

Os atendimentos estão previstos para acontecer entre os dias 28 e 30 de outubro, nos três períodos do dia, caso for necessário. O médico que viajou para o atendimento é Percival Henrique, de Campo Grande; a técnica em enfermagem é Patrícia Colman Costa, de Corumbá; a médica-veterinária voluntária é Iandara Schettert, também da Capital, além da piscóloga Daicy Saldanha. Roberto Teixeira é outro integrante da equipe e vai dar apoio aos profissionais da saúde.

Com apoio do Instituto Amigos do Coração e Amapil Táxi Aéreo, foi possível que os profissionais de saúde conseguissem obter a doação de diferentes medicamentos. Tudo é levado de barco para a região e receitado, caso os profissionais identifiquem a necessidade. O médico Percival Henrique é voluntário no Instituto e também já trabalhou com a Amapil.

O presidente do IHP, Angelo Rabelo, destacou que essa medida representa um esforço necessário para mitigar os efeitos da fumaça e o estresse que os incêndios vêm causando. “Não houve chuva suficiente para reduzir o problema nas duas últimas semanas. É uma emergência de saúde pública e temos que agradecer aos voluntários que conseguiram disponibilizar esse tempo para o atendimento.”

O médico Percival Henrique explicou que buscou informações gerais sobre a situação, mas que só entenderá o nível de gravidade da situação após visitar as pessoas. “Estou ansioso, com uma expectativa muito grande. Posso dizer que estou indo para um desconhecido. Não conheço a realidade local, mas recebi alguns relatos. A questão respiratória deve ser um dos principais problemas.”

A equipe de voluntários ficará em base do IHP e irá de barco para os atendimentos. No Aterro do Binega, o acesso está dificultado pelo fato de o nível do rio estar muito baixo, prejudicando a navegação. Porém, deve ser viabilizada uma medida para contornar a situação.

Essa região das comunidades, que fica entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, vem sendo afetada por incêndios florestais graves desde 11 de outubro. Ao longo das duas últimas semanas, o fogo acabou intensificando e ameaçou casas de vários moradores, além de produzir uma fumaça tóxica que está parada na região por todo esse período.

No fim de semana, choveu naquela região, mas não o suficiente para acabar com os focos de incêndios. Brigadistas continuam mobilizados no local. 

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