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Conheça quais são os bairros de Corumbá e alguns dados curiosos como origem dos nomes

Lívia Gaertner em 07 de Novembro de 2017

Com certeza, o leitor se pergunta: “Ok, então quais são os bairros de Corumbá?”. A listagem dos 23 bairros, segundo dados coletados junto ao setor de Geoprocessamento da Prefeitura Municipal de Corumbá é a seguinte:

Arte: Ricardo Albertoni

Bairros de Corumbá integram área urbana com diferentes características desde orla portuária até morrarias

Numa pesquisa divulgada em 2014, pela Prefeitura de Corumbá, com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes ao Censo Populacional de 2010, o Centro é o bairro mais populoso da cidade com 18.433 habitantes. Completando o trio dos primeiros colocados estão: o Cristo Redentor, com 10.454 habitantes e o Nova Corumbá, com quase 8 mil.

No mesmo levantamento, detectou-se que a maioria da população urbana de Corumbá está concentrada em dez bairros, a maioria da parte alta da cidade. Num somatório dos dez mais populosos, o número corresponde a 68,12% da população total registrada no município.

Já quando falamos em extensão territorial, o ranking dos bairros muda aqueles que aparecem nos primeiros lugares. Os dois bairros com maiores limites em Corumbá também estão na parte alta da cidade.

Na liderança bem à frente do segundo colocado está o bairro Nova Corumbá com uma área aproximada de 7.801.215 m², conforme dados da Lei Municipal 1516/97. Dentro dele estão conjuntos habitacionais como Guanã, Guanabara, Piúva e Primavera que ajudam a somar porções territoriais. Ainda na Zona Sul da cidade está localizado o bairro Guatós com uma área de aproximadamente 5.420.549 m².

Fechando a lista dos três maiores bairros em extensão, aparece o Cristo Redentor com 4.149.524 m². A área central, que muitos afirmam ser uma das maiores da cidade, aparece somente na quarta colocação com 3.992. 971 m².

Joelson Gonçalves Pereira descreve a paisagem urbana da cidade e como a habitação de áreas ocorreram. Segundo o pesquisador, a concentração de população na chamada “parte alta da cidade” deu-se, principalmente, por projetos estatais de habitação.

Veja o mapa atualizado de Corumbá >>

“No caso de Corumbá, desde construção de seus primeiros conjuntos populares, os projetos habitacionais, mais que atender uma questão social, sempre tiveram o interesse de promover a expansão urbana. Para tanto, segue-se uma ordem que se efetivou com a prática no processo de produção da cidade sob uma nova urbanização. Primeiro, a construção do conjunto habitacional numa periferia isolada; depois, a implantação gradativa de infraestrutura ao atendimento da população instalada; na sequência, a atuação da especulação imobiliária define a implantação dos novos loteamentos nos arredores do núcleo habitacional implantado. Por fim, a efetivação do processo de consolidação da expansão urbana a partir da ocupação dos loteamentos pela edificação moradias em sistema de autoconstrução. Foi nessa lógica que se originaram quase todos os bairros que compõem a parte alta de Corumbá”

E os nomes?

A toponímia é um ramo do estudo linguístico que apresenta a origem dos nomes próprios de lugares, desde sua origem à evolução. Em Corumbá, a toponímia dos bairros é praticamente mantida e preservada pela tradição oral, conforme disse ao Diário Corumbaense, o historiador Paulo Ferro.

“Tem-se quase nada em registros, documentos sobre as origens dos nomes dos bairros da cidade. Alguma ou outra publicação traz algo que pode nos dar uma direção, porém, o que prevalece mesmo é a tradição oral, o que uma pessoa passa a outra”, afirmou.

Grande parte dos bairros corumbaenses já expõe no nome a motivação do batismo. Aeroporto, região onde se encontra o espaço de decolagens e aterrisagens de aeronaves; Universitário, onde está instalada a primeira unidade educacional de ensino superior; Dom Bosco, onde se levantou projeto social edificado por padre salesiano missionário; Beira Rio, a proximidade com a orla portuária, e assim por diante.

Entretanto, há outros que geram curiosidade. É o caso do Borrowisk, localizado na parte baixa da cidade, e que o linguajar popular insiste em adotar a redução “Borroski”.

“O que temos como informação trazida por essa tradição oral é que morava na região um senhor de origem tcheca ou de algum outro país do Leste Europeu que consertava barcos naquela localidade. As pessoas passaram a adotar o local onde ele trabalhava como “região do Borrowisk” que, com o tempo, foi transformada em bairro”, disse.

Elevada à categoria de bairro no ano de 2006 pela Lei Municipal 1896, assinada pelo então prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, o Borrowisk era considerado o mais recente bairro criado por força da legislação até o surgimento do Padre Ernesto Sassida em 2013.

Outro nome interessante e diríamos bastante profético é do bairro Nova Corumbá. Segundo conta o historiador, a proposta era fazer daquela região uma nova cidade com toda a infraestrutura e que servisse de modelo para demais projetos habitacionais do município. “Hoje, é o maior bairro da cidade e com uma das melhores infraestruturas, fazendo jus ao nome”, avaliou. 

Comentários:

José Mendes: Bacana. Bom até para trabalho de escola. Informações excelentes. Mas gostaria de saber quem são os responsáveis pelo mapa e se tem algum site para acessar o mapa. Obrigado.

Paulo Mendes: Muito interessante essa matéria. Fiquei curioso em saber como o bairro Maria leite recebei esse nome?

Alesson Andrade: Muito Legal, Mas seria bom se os CEP obedecem essa classificação. Pelo que pude perceber olhando o mapa, eu moro no Bairro Arthur Marinho mas meu Código de Endereçamento Postal remete ao bairro Dom Bosco. Vai entender!

Lauren Kédna: É realmente, o que preocupa é o CEP da cidade que nunca bate com o real endereço em sim, da pessoa. Há dois anos atrás morei no bairro Cristo Redentor, mas o Código de Endereçamento Postal constava que era no Bairro Previsul! Fica até difícil para realizarmos compras e ou faturas chegar no endereço certo, por conta destes desvios Postal. Acredito que este fator dos CEP's necessita melhorar e melhorar e muito! Mas em relação à matéria, estão de Parabéns. Achei muito interessante.

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