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Família de Corumbá vai a Campo Grande e vende mais de 2 mil saltenhas em 2 dias

Campo Grande News em 17 de Outubro de 2017

Saltenha é um salgado boliviano que faz muito sucesso por lá e em todo o Mato Grosso do Sul, principalmente em Corumbá, que faz fronteira com a Bolívia. Ela é uma iguaria difícil de se preparar, já que leva horas para uma fornada ficar pronta. Por isso, é bem complexo chegar ao sabor igual aos de nossos vizinhos criadores do quitute.

Lucas Arruda/CG News

Diego Ardaya servindo uma fornada de saltenhas que logo tinha que ser reposta devido à quantidade de vendas

Há 40 anos esse é o desafio da família Ardaya em Corumbá, dona de uma saltenharia na cidade. No feriadão, eles trouxeram o sabor autêntico para Campo Grande e durante dois dias mostraram na padaria Milhomem, localizada no bairro Amambaí, uma das vantagens de ir à Cidade Branca. Nos dois dias em que estiveram por lá foram mais de 2 mil salgados vendidos, segundo o proprietário do estabelecimento Milton Milhomen.

“Não sabia que em Campo Grande tinha tanto corumbaense, toda hora chegava um aqui pedindo a saltenha. Teve gente que chegou a comprar 40 de uma vez só”, afirmou espantado.

Essa não foi a primeira vez que estiveram aqui pela Capital vendendo a iguaria. Eles foram convidados pelos idealizadores da Praça Bolívia, que acontece mensalmente todo segundo domingo do mês, para vender o salgado em setembro. Fizeram tanto sucesso que foram convidados este mês.

Na edição deste mês não conseguiram comparecer à Praça por conta da doença do patriarca da família, Arturo Castedo Ardaya, que acabou sendo internado, mas vieram uma semana depois ao evento para vender na padaria. “Veio eu, minha esposa e minha tia fazer nossa receita que é de família, vem da minha avó que é boliviana”, contou o assistente administrativo Diego Ardaya, enquanto servia uma fornada fresca de saltenhas.

Segundo Diego preparo feito pela família Ardaya é artesanal e parecido com o jeito que fazem na Bolívia

Ele diz que todo mundo que chegava ali afirmava que saltenha igual essa não tem aqui em Campo Grande. “Quem já provou sabe. E olha que não tem nenhum segredo em nossa receita, meu pai já até publicou ela em seu Facebook. O preparo é artesanal, é bem demorado de se fazer. Como as pessoas querem otimizar esse processo fazem mudanças na receita para ser mais rápido, perdendo o sabor típico do salgado”, explicou Diego.

E até quem não está muito acostumado a comer o salgado típico dos nossos vizinhos aprovou. “Eu entendo de esfirra, mas provei uma pra ver como era e aprovei. Achei bem gostosa mesmo, a massa macia e o recheio delicioso”, avaliou Milton.

Quem quiser experimentar a saltenha vai ter que esperar até o segundo final de semana de novembro, quando os Ardaya voltam para cozinhar na padaria Milhomen na sexta e sábado e no segundo domingo do mês vão estar na praça Bolívia.

Comentários:

Patricia alexandre mendes: A saltenha é Argentina, tem esse nome por ser um salgado que era feito pela "Mulher de Salta" (cidade Atgentina). Porém ela os produzia na Bolívia para onde véio na época com a família por questões financeiras. Mais é fato que nossos irmãos bolivianos, dominaram bem a técnica do salgado da mulher de salta. Aprendi isto em matéria publicada aqui no Diário mesmo.

José Mendes: A primeira vez que como saltenha foi na lanchonete do Paulo na escola JGP. Em CG nunca tinha escutado falar quando morei lá. O que nós corumbaenses devemos saber que nem tudo que é bom vem da Europa, EUA, ou mesmo de RJ ou SP, nossos camaradas bolivianos nos presenteiam com muita coisa boa. Parabéns aos bolivianos, aos corumbaenses..

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