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Bombeiros: Comando afirma que não tem conhecimento de denúncia

Lívia Gaertner em 12 de Dezembro de 2012

Após o Comando local dos Bombeiros informar que não falaria sobre a denúncia protocolada no Ministério Público, a reportagem do Diário procurou o Comando Geral da corporação em Mato Grosso do Sul. Segundo o tenente-coronel Francimar, assessor do Gabinete do Comando Geral, a instituição não tomou conhecimento formal sobre a denúncia, porém se manifestou sobre os casos relatados.

"O que temos, de certeza, aí do Comando de Corumbá é que não está havendo esses prejuízos relatados e o Comando preferiu aguardar o posicionamento do MPE. Por isso a gente não tirou nenhuma viatura de Aquidauana e Campo Grande, por exemplo, porque a informação que nós temos do Comando é que está sob controle", falou.

Antes de expor a situação atual da frota em Corumbá, ele frisou a distinção entre os veículos cuja responsabilidade é do Estado, por pertencerem ao Corpo de Bombeiros, e as viaturas do Samu, cuja responsabilidade pela manutenção cabe ao Município, conforme afirmou em contato telefônico.

Com relação ao carro ABT, ele explicou que a solução deve sair a médio prazo, dentro de um projeto do Governo do Estado. "É um veículo que requer uma manutenção. O Comando de Corumbá viu um cavalinho junto à Receita Federal, que foi apreendido e já correu o período de tramitação. Ele está sendo cedido para os Bombeiros e já está sendo desenvolvido um projeto para o Governo do Estado de mandar esses cavalinhos, que incluem outros municípios, para o Rio Grande do Sul e lá tem uma empresa que faz a transformação de qualquer carro em carro do bombeiro. É um projeto nosso justamente para substituir esses carros que estão funcionando, mas estão com idade avançada", disse.

Questionado sob a possibilidade de a viatura ABT sofrer uma avaria durante um chamado ou mesmo pelo tempo de uso avançado, seria capaz de conter um grande sinistro na cidade, ele explicou: "Temos contato com Cimento Itaú, com Prefeitura, com a Sanesul e, se tiver um supermercado, vamos dizer assim, que estiver em chamas, a ABT vai ser deslocada e vai ser feito contato com todas essas empresas que também têm carro de água para dar suporte pra gente e continuarmos trabalhando com a nossa bomba de incêndio. Esses carros podem abastecer a ABT e com a bomba fazer o trabalho".

Falando sobre a unidade de resgate, o coronel Francimar disse o motivo que impede uma manutenção mais rápida e eficaz. "Ela foi envolvida num acidente, e existe um processo administrativo que tem que se fazer em qualquer tipo de situação, que é o inquérito técnico. A gente não pode determinar que se conserte a viatura até que essa tramitação legal seja concluída", justificou.

Sobre as viaturas do SAMU, o tenente-coronel comentou que a manutenção é de responsabilidade da Prefeitura e que, os problemas em equipamentos de alerta, não poderiam impedir o atendimento à população. "Essa falta do giroflex e sinal sonoro não inviabiliza a viatura. Em razão do bem maior, o Comando pediu autorização para a central de regulação e as viaturas atendem sem (o equipamento). O comando reforçou para os militares deslocarem com maior cuidado porque não compensa você deslocar para atender um acidente e provocar outro acidente", e continuou: "Eu como gestor não posso mandar fazer o conserto com a rubrica do bombeiro numa oficina conveniada com o Estado. A gente não tem competência legal para fazer isso aí".

Ele rebateu relatos de que as viaturas devem seguir durante atendimento como um carro de passeio comum. "As viaturas até resolverem esse ato administrativo que é o Município com o Estado, através da Secretaria de Saúde, houve uma determinação do comando para que as viaturas continuassem atendendo com toda a cautela e recomendações necessárias, porém essa situação de parar no semáforo, esperar o sinal abrir como se fosse um carro de passeio normal, isso não é informação do comando", afirmou aproveitando para explicar que essa condição não atrapalharia demasiadamente o serviço de socorro.

"Quando se fala que quadruplica, quintuplica o tempo resposta isso é uma falácia porque quando chegou essa problemática para o comando, a primeira coisa que se questionou foi o tempo de atendimento. Vai aumentar, no máximo, metade do tempo que deslocaria. De cinco minutos passaria a 7,5, é um tempo dentro da expectativa porque também não adianta deslocar muito rápido e, muitas vezes, a situação de estabilização da vítima necessita um deslocamento mais lento e coisa parecida. Há um prejuízo? Lógico que há, só que é um prejuízo mínimo, em decorrência do benefício que se dá nesse tipo de situação", declarou.

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