Campo Grande News em 02 de Março de 2025
Juliano Almeida
Crime ocorreu em residência do Bairro Aero Rancho
A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e a PM (Polícia Militar), foram ao local apurar o caso. Suspeito do crime foi rendido na calçada e preso em flagrante.
Segundo a reportagem apurou, a mulher foi agredida com pedradas na região da cabeça pelo homem antes de ter o corpo incendiado. Vizinhos relataram que ouviram gritos. Depois, o suspeito teria aberto parte do poço desativado no quintal para posteriormente incendiar o cadáver.
Viaturas da 6ª Companhia da Polícia Militar fecharam a rua para impedir a aproximação de pessoas e veículos ao local do crime.
Além das polícias, Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para combater as chamas remanescentes no quintal da residência.
Brigas e discussões
Vizinhos disseram que sempre ouviam discussões entre a vítima e o namorado Jeferson Nunes Ramos. Ele foi preso em flagrante pelo crime.
Segundo os moradores, que pediram para não ter o nome divulgado por medo, o imóvel pertence à mãe de Jeferson, que há duas semanas havia saído da residência por causa da dependência química do filho. Tanto Gisele quanto Jeferson eram usuários de drogas, conforme relatos de testemunhas.
De sexta-feira para sábado, a vizinha ouviu o casal brigando, a mulher para fora da casa pedindo para entrar e, na sequência houve discussão. Como os dois sempre brigavam, a vizinha não deu muita atenção e até pensou em reclamar com Jeferson, porque não conseguia dormir por causa do barulho. No dia seguinte, nenhum dos dois foram vistos na residência, o dia foi tranquilo, calmo. “Eles namoravam e não tinham filhos juntos. A discussão entre eles era rotina”, contou.
Quando foi à tarde, os vizinhos viram a movimentação da polícia na casa. “Foi uma surpresa quando vi ele amarrado pelos parentes dele. Ele gritava, não fui, não fui eu”, contou. Sobrinhos do autor que estavam no local disseram à polícia que Jeferson confessou a agressão, desencadeada após uma discussão com Giseli, que teria o agredido com três tapas no rosto.
Em resposta, ele jogou uma pedra na cabeça da vítima. Desacordada, a mulher foi colocada em uma espécie de poço desativado e teve o corpo queimado. A dinâmica dos fatos subsequentes, assim como o combustível usado para criar as chamas não foram revelados.
Equipe da Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher) atendeu a ocorrência, acompanhada dos bombeiros, que auxiliaram na retirada do corpo devido à dificuldade de acesso. O caso foi registrado como homicídio qualificado com emprego de fogo, tortura na forma tentada, violência doméstica e feminicídio. Esse foi o 6º caso de feminicídio registrado no Estado.
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