Leonardo Cabral em 04 de Janeiro de 2025
Diário Corumbaense
Onça estava às margens da BR-262, quando foi vista por Demilson, que seguia para Campo Grande
Foi durante a ida dele, para Campo Grande, na tarde de sexta-feira, 03 de janeiro. Ele seguia viagem, com o irmão e, por volta das 16h30, flagrou o felino às margens da rodovia, a cerca de 30 minutos do posto Guaicurus, em Miranda.
Em entrevista ao Diário Corumbaense, Demilson Boaventura, que mora em Corumbá há oito anos, descreveu a sensação de ficar “cara a cara”, com um dos animais mais temidos, e mais bonitos também, do Pantanal.
“A sensação é indescritível. Eu vim pedindo a Deus que seria muito legal ver uma onça e, de repente, me aparece a dita cuja. Seguia para Campo Grande, como sempre faço, dentro do limite de velocidade, 80 km/h. Prefiro viajar curtindo a natureza, então, tudo isso compôs uma harmonia para que eu pudesse vê-la. Pedi muito, de coração, quando a vimos. No primeiro momento, achamos que era um cachorro grande, mas aí, eu e meu irmão percebemos que era a onça-pintada”, descreveu Demilson.
Neste momento, ele diminuiu a velocidade, parou no acostamento e começou a fazer a imagem do “presente” que havia ganhado. O animal estava do lado esquerdo e ele no sentido contrário, de Corumbá/Campo Grande.“Fiz as imagens, claro, dentro do carro, com toda a segurança. Ela parecia saber que estava sendo filmada. É muito linda vê-la, porém é preocupante ao mesmo tempo, pois o aparecimento constante desses animais alerta para risco de atropelamento”, disse Demilson.
No vídeo, bastante emocionado, ele diz: “Olha, a maravilhosa onça do Pantanal. Obrigado por você aparecer, minha querida!”
Onça-pintada
Conhecida também como jaguar, jaguaretê, onça-preta (quando melânica), a onça-pintada impressiona pelo porte, pelagem e por ser a principal predadora das nossas florestas.
O animal, que se distribui por quase todos os biomas brasileiros, exceto no Pampa, está atualmente em 19 países da América Central e do Sul. Este dado representa 45% da distribuição de ocorrência histórica do felino, que já foi extinto em outros dois países: Uruguai e El Salvador. Nos rios do Pantanal encontramos a maior densidade da espécie, mas também indícios de perda de habitat e caça.
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