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Oito mulheres de "pollera" são presas com 20 kg de cocaína que seriam trazidos Corumbá

Leonardo Cabral em 26 de Novembro de 2024

Reprodução El Deber

As oito detidas que estava com cocaína nas partes íntimas

Os agentes da Força Especial de Combate ao Tráfico de Drogas (Felcn) prenderam, na segunda-feira (25), oito mulheres de "pollera”, também conhecidas como “cholitas”. Elas viajavam juntas e carregavam pacotes de cocaína nas roupas íntimas. A droga teria como destino Corumbá, na fronteira com a Bolívia.

Segundo relatório da Felcn, as mulheres viajavam em veículo de serviço público na Rodovia Bioceânica, que liga a fronteira dos dois países. As passageiras foram interceptadas em um posto de controle móvel próximo ao município de Roboré, que fica a aproximadamente 300 km de Corumbá.

Durante a abordagem, elas ​​pareciam nervosas e apresentaram contradições em suas declarações. Durante a busca, foram encontrados pacotes de cocaína nas roupas íntimas do grupo, que usava saias.

Após a pesagem, foram apreendidos 20 kg de cocaína. As oito detidas saíram de  Cochabamba, Chimoré, província de Carrasco; pretendiam chegar a Puerto Quijarro e depois entrar no país vizinho, por Corumbá.

O grupo foi transferido para Santa Cruz de la Sierra, onde irão responder por tráfico de drogas. 

Quem são as “mulheres de saia”

As “mujeres de pollera” também conhecidas como “cholitas” são indígenas andinas, de origem aymara e quechua, que possuem uma indumentária específica e reconhecida. A saia é volumosa, o chapéu de aba pequena e os cabelos trançados.

Vestimentas que carregam uma identidade, símbolos de uma identificação que por muito tempo foi referência para estigmatização e segregação de um racismo colonizado.

Para boa parte delas, usar a “pollera”, a saia típica, tem sido uma forma de resistência aos domínios das práticas discriminatórias de uma elite branca latina que sempre as olhou como submissas, aptas apenas para posições subservientes.

Com informações do jornal El Deber e Fazendo Gênero. 

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