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Tráfego na BR-262 é liberado após mais de 8 horas de bloqueio, diz PRF

Da Redação em 25 de Novembro de 2024

Foto do leitor Paulo Rogério

Manifestantes do MST durante bloqueio na BR-262

Após mais de oito horas de interdição, a BR-262 no km 492, entre Anastácio e Miranda, foi completamente liberada para o tráfego. As informações são da PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao site Campo Grande News. O bloqueio, realizado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), iniciou por volta das 04h e foi encerrado no início da tarde desta segunda-feira (25).

Os manifestantes reivindicavam terras, crédito e alimentação para as famílias acampadas, além de respostas concretas do Incra-MS sobre novos assentamentos ainda em 2024. Antes da liberação das vias, por volta das 13h, um leitor do Diário Corumbaense, que preferiu não se identificar, informou que o ônibus em que viajava de São Paulo para Corumbá havia optado por fazer um desvio por Bonito.

Bloqueio das rodovias estaduais

Enquanto a situação na BR-262 foi resolvida, bloqueios em rodovias estaduais continuam afetando o tráfego em diversas regiões do Mato Grosso do Sul. Pontos de acesso à Reserva Indígena de Dourados permanecem interditados por indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru, que protestam contra a falta de água nas comunidades.

As manifestações estão concentradas em três locais da MS-156 — principal ligação entre Dourados e Itaporã — e no acesso ao Hospital da Missão Evangélica Caiuá. Nos trechos bloqueados, troncos, galhos e tratores impedem o trânsito nos dois sentidos, e até estradas vicinais estão obstruídas. Apenas veículos de emergência têm passagem autorizada. 

Os líderes indígenas cobram soluções urgentes da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) para suprir a demanda por água potável, incluindo o envio de caminhões-pipa enquanto não há redes de abastecimento instaladas. O governador Eduardo Riedel já havia reconhecido, na semana passada, a gravidade da situação, chamando a falta de água de “vergonha inaceitável”. Apesar disso, as aldeias da Reserva de Dourados ficaram de fora de um programa estadual que visa atender comunidades indígenas em outras regiões do Estado.

Os manifestantes reforçam que os bloqueios nas rodovias estaduais não têm prazo para serem encerrados, aumentando os transtornos para moradores e motoristas que dependem da MS-156 e vias adjacentes. Equipes da PMR (Polícia Militar Rodoviária) estão nos locais orientando motoristas sobre caminhos alternativos. A reportagem não conseguiu contato com a Sesai para comentar sobre o atendimento às demandas.

Ainda não há atualizada sobre o bloqueio na MS-384, onde cerca de 400 manifestantes do MST fizeram o bloqueio total da rodovia. Conforme imagens divulgadas pela PMR, nenhum veículo está autorizado a passar, inclusive pelas estradas vicinais da região. 

Com informações do Campo Grande News.

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