Da Redação em 25 de Novembro de 2024
Reprodução
Manifestações acontecem nesta segunda-feira (25)
Segundo o site Campo Grande News, Zeca, integrante da Direção Estadual do MST, explicou que o grupo reivindica terras, crédito e alimentação para as famílias acampadas. "Já estamos há dois anos de governo progressista e nossas famílias ainda não tiveram respostas do Governo Federal. O Incra-MS precisa nos dar uma resposta concreta sobre quantas famílias serão assentadas este ano e quais áreas foram disponibilizadas pelo próprio governo", afirmou.
Ao todo, cerca de 800 pessoas participam dos bloqueios, reivindicando condições básicas de sobrevivência. "Há locais onde famílias estão acampadas há mais de 16 anos, aguardando novos assentamentos. O MST está presente, afirmando que a luta pela terra e a reforma agrária são essenciais para garantir a soberania alimentar e uma alimentação saudável para todos", destacou o movimento.
O grupo também quer a presença do superintendente do Incra-MS, Paulo Roberto da Silva, que informou ao site da capital estar em contato com a liderança do MST e ajustando a agenda para atender os manifestantes junto com a Direção Nacional do Incra.
Enquanto isso, as rodovias permanecem bloqueadas sem previsão de liberação. Equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da PMR (Polícia Militar Rodoviária) garante a segurança dos usuários.
Na MS-384, cerca de 400 manifestantes bloqueiam completamente a rodovia. Imagens divulgadas pela PMR mostram que nenhum veículo está sendo autorizado a passar, nem mesmo pelas estradas vicinais da região.
Outro protesto ocorre com indígenas das Aldeias Bororó e Jaguapiru, que bloquearam uma rodovia na manhã desta segunda-feira em protesto pela falta de água na reserva, alegando estarem "cansados das promessas dos políticos". O grupo também ameaça bloquear o anel viário e o acesso ao Hospital da Missão Caiuá, em Dourados.
Na última quinta-feira (21), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, classificou como "vergonha" a falta de água enfrentada pela maior comunidade indígena do estado, a Reserva de Dourados, onde vivem pelo menos 20 mil pessoas.
Durante o lançamento de um programa para atender comunidades indígenas em seis cidades do estado, Riedel prometeu não concluir seu mandato sem resolver o problema, que se arrasta há anos. No entanto, Dourados ficou de fora dos benefícios do programa.
"Não vamos terminar nosso mandato sem resolver o problema de Dourados. Vamos buscar recursos, pedir apoio da Itaipu, mas precisamos acabar com essa vergonha. É inaceitável. Vamos avançar sem deixar ninguém para trás. Não quero encerrar meu mandato sem entregar água e dignidade às pessoas e sem acabar com a pobreza extrema", afirmou o governador.
Com informações do Campo Grande News.
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