Campo Grande News em 24 de Novembro de 2024
Ministério dos Portos e Aeroportos
Trecho de hidrovia Paraná-Paraguai
Cerca de 90% dos investimentos (R$ 3,7 bilhões), que serão empregados pela LHG Logística Ltda para a construção da nova frota naval e dos estaleiros, foram financiados pelo FMN (Fundo da Marinha Mercante) por meio de financiamento realizado junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Esse aporte deverá ampliar o transporte de matérias-primas, como aço e manganês, além de fortalecer a economia nacional, promovendo a geração de empregos e o desenvolvimento regional.
De acordo com o ministro de portos e aeroportos, Sílvio Costa Filho, trata-se do maior programa de navegação interior da história brasileira. “Esse projeto é um marco histórico e demonstra o compromisso do Governo Federal com o desenvolvimento de uma indústria limpa e fundamental para o escoamento da produção brasileira, especialmente em tempos de COP30, onde sustentabilidade é prioridade global”, destacou.
Além de reduzir os custos logísticos e aumentar a eficiência do transporte, a iniciativa também reforça a política de descarbonização da matriz de transporte brasileira. Estudos indicam que o modal hidroviário emite até 95% menos CO2 que o rodoviário e 70% menos que o ferroviário. No total, a substituição de transporte terrestre pelas hidrovias deverá evitar a emissão de 70 mil toneladas de dióxido de carbono, contribuindo significativamente para os objetivos ambientais do país.O transporte dos minérios será realizado ao longo de um trajeto de mais de 2.500 km, desde Corumbá até o terminal marítimo de Nova Palmira, no Uruguai, onde é transferida para navios de longo curso. O projeto destaca a relevância da hidrovia Paraguai-Paraná como eixo de integração regional, conectando o Brasil aos países da América do Sul, em especial Paraguai, Argentina e Uruguai.
Com 12 mil km de hidrovias navegáveis e um potencial de expansão para 42 mil km, o Brasil aposta nesse modal como uma solução eficiente, econômica e sustentável para o escoamento de cargas. A construção das balsas e empurradores também impulsionará a indústria naval, gerando empregos diretos e indiretos em várias regiões.
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