Portal de Notícias de MS em 19 de Setembro de 2024
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Rio Paraguai registra níveis negativos em Ladário e Forte Coimbra
Esta situação foi apresentada durante a live da “Operação Pantanal”, que apresenta o boletim semanal do combate aos incêndios no Estado. O gerente de recursos hídricos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do MS), Leonardo Sampaio, explicou que o órgão dispõe de 14 estações de monitoramento dos rios, e que a situação neste ano é preocupante.
“Fazemos este monitoramento desde 2014 e neste ano o nível está abaixo na maioria dos rios do Estado, inclusive tem diminuído em média 2 cm por dia. Fazemos um boletim diário para toda sociedade e enviamos informações à Defesa Civil. Esta estiagem e seca reflete diretamente nesta situação. Com menos chuva, mais dificuldade para os animais terem acesso a água. No Pantanal se a vegetação fica mais seca, favorece os incêndios florestais”, explicou Sampaio.
Neste cenário o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) realiza o trabalho não apenas de resgate, mas de orientação para proteção da fauna. “Trata-se de um trabalho pré, durante e após o fogo, pois também orienta os proprietários rurais para que sejam feitos aceiros, que além de evitar a propagação do fogo, sirvam como rota para que os animais possam sair”, afirmou o secretário-executivo de Meio Ambiente, Artur Falcete.
Ele destacou que os trabalhos do Gretap tiveram reforço e ajuda de fundos internacionais, com doação de medicamentos, assim como outras instituições que contribuem com alimentos e outros itens. “Importante também orientar os produtores para que não falte água principalmente ao gado na região do Pantanal”, completou.
Estrutura e combate
Além da região do Pantanal que conta com 13 bases avançadas do Corpo de Bombeiros, os outros dois biomas (Cerrado e Mata Atlântica) também estão com estruturas montadas para o combate aos incêndios florestais, inclusive com diversas ações nos últimos meses.
Álvaro Rezende/Governo do Estado
Tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiente do CBMMS
Ela destacou que o Cerrado tem apresentado altos índices de focos de calor, no entanto por sua características próprias, não se propagam tanto como no Pantanal. “A estiagem prejudica inclusive a estrutura de combate aos incêndios, já que muitas vezes nosso acesso é pelos rios e a navegabilidade fica comprometida”.
O boletim semanal informou que no Mato Grosso do Sul de janeiro a setembro deste ano foram 7.309 focos de calor no Pantanal. Já no Cerrado no mesmo período foram 3.517 (focos) e na Mata Atlântica 937 (focos).
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