Portal de Notícias de MS em 22 de Agosto de 2024
Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar
Incêndio florestal na região de Camapuã e São Gabriel do Oeste
A condição atual do clima aumenta o risco de queimadas, por conta das altas temperaturas com registros que chegam a 41°C em algumas regiões, além da baixa umidade relativa do ar em 10% e rajadas de vento de 50 km/h, favorecendo a propagação do fogo.
No Pantanal o combate aos incêndios, realizado pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) com apoio de outras forças de segurança e brigadistas, continua nas regiões do Nabileque, Urucum, Parque Estadual das Nascentes do Taquari, e na divisa com o Mato Grosso, e nos municípios de Miranda – Porto Esperança e Salobra –, Aquidauana – Taboco –, Coxim e Porto Murtinho. Também são monitoradas as áreas do Passo do Lontra, Serra do Amolar, Porto da Manga e Forte Coimbra.
Além dos diversos focos na região pantaneira, o Corpo de Bombeiros também atuou – na quarta-feira (21) – em incêndios que ocorreram em São Gabriel do Oeste, Costa Rica, Camapuã e Naviraí.
Mesmo com a previsão da chegada de uma frente fria ao estado, nos próximos dias, o alívio pode durar pouco. O meteorologista Vinicius Sperling, do CEMTEC (Centro de Monitoramento do Templo e do Clima), explicou que a mudança climática causada pela frente fria será temporária e não deve impactar de forma significativa no combate ao fogo.
Imagem: Ventusky
Mudança climática causada pela frente fria será temporária e não deve impactar de forma significativa no combate ao fogo
Outra questão apresentada pelo Cemtec é em relação a fumaça provocada pelos incêndios no Pantanal – e em MS como um todo – que tem pouca influência de presença em outros estados do Brasil.
“A fumaça é de queimadas da região amazônica, além da Bolívia e do Paraguai. A contribuição das queimadas do Pantanal, na região oeste do Mato Grosso do Sul, é muito pequena para toda essa dinâmica de fumaça que a gente percebe sobre a América do Sul. Também, estamos tendo recordes de queimada no estado de São Paulo e Minas Gerais”, disse o meteorologista.
O nível de alerta para os incêndios florestais está relacionado à situação da seca que tem aumentado em todo o Estado – nos últimos meses, a seca moderada avançou para a seca grave.
Bruno Rezenda/Governo do Estado
Nos últimos meses, a seca moderada avançou para seca grave, citou Verruck
O alerta máximo em relação aos incêndios florestais, inclusive com ações de combate, continua devido as condições de seca no estado e a previsão de que no mês de setembro a situação deve persistir, e continuar sem previsão de chuva.
O governador, Eduardo Riedel, participou de uma reunião ministerial na noite de quarta (21) no Ministério da Casa Civil, em Brasília (DF), com a presença de sete ministros e cinco governadores dos estados que abrigam a Floresta Amazônica e o Pantanal.
“O governador destacou nessa reunião, a importância da manutenção de recursos do Governo Federal e o apoio coordenado das Forças Armadas, e também do Ibama. Além disso, foi apresentado pelo Governo Federal, que o modelo de coordenação implantado no MS, inclusive da live, de comunicação, é um modelo que eles consideram adequado para ser replicado nas outras regiões brasileiras. O Mato Grosso do Sul conseguiu montar uma estrutura de governança, em todos os seus aspectos, adequada. Foi apresentado que este é o caminho, também, para fazer o combate a incêndios florestais em outras regiões do País”, disse Verruck.
Para a continuidade das ações de combate aos incêndios florestais, o Governo do Estado vai solicitar mais recursos ao MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) – que já enviou mais de R$ 13,4 milhões para execução de ações de resposta da Defesa Civil.
“Tivemos o decreto de emergência nos municípios do Pantanal e um primeiro recurso que foi utilizado para cestas básicas, aquisição de máquinas e equipamentos, aluguel de caminhonetes e horas de voo, e já foi utilizado. Ontem definimos conjuntamente com a Sejusp, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Semadesc, a solicitação de mais R$ 20 milhões dos mesmos itens para dar continuidade a esta operação. Vamos encaminhar ao MDR, a Defesa Civil Nacional, a solicitação adicional deste recurso para dar continuidade a ação de combate e também a nossa ação de distribuição de cesta básica e água no Pantanal”, explicou o secretário.
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