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Fugitivo da Máxima de Campo Grande é preso em "hotel do crime"

Campo Grande News em 07 de Março de 2024

Divulgação

Douglas, à esquerda, e Naudiney, à direita, que fugiram da Máxima

Abrigado em local chamado pela polícia como "hotel do crime", localizado no Jardim Campo Nobre, região do bairro Universitário, em Campo Grande, Naudiney de Arruda Martins, de 32 anos, foi preso por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) na noite de quarta-feira (06). Ele e Douglas Luan Souza Anastácio, de 33 anos, fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima na segunda-feira (04).

A Polícia Civil divulgou que após a fuga de Naudiney e Douglas, que respondem por tráfico de drogas, roubo e furto, o Garras passou a fazer diligências. Foi descoberto que Naudiney era integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e comparsas ajudavam a escondê-lo. O objetivo era levá-lo para a fronteira com o Paraguai.

O endereço do tal hotel não é repassado pela polícia, apenas o bairro. O imóvel, no Jardim Campo Alto, segundo o Garras, abrigava foragidos da Justiça. Lá, a polícia viu o momento em que Naudiney recebia uma mulher. Os policiais deram ordem de prisão, mas ele tentou fugir pulando muros e invadindo imóveis, até se esconder em uma casa em construção, onde acabou capturado na laje.

A polícia descobriu que o outro foragido, Douglas, estava no "hotel do crime" momentos antes da batida dos investigadores. Além disso, outro homem com mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas e corrupção de menores foi localizado. Outros quatro homens, com idades entre 18 e 28 anos, foram presos na casa.

Fuga

Na madrugada de segunda-feira, 4 de março, pelo muro e com auxílio de uma corda, quatro presos estavam alojados no Pavilhão 6 da unidade prisional iniciaram fuga. Dois acabaram capturados, estão isolados em cela disciplinar e responderão a Padic (Procedimento Administrativo Disciplinar). Já Douglas e Naudiney conseguiram fugir. 

O presidente do Sinsap (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul), André Luiz Santiago, alertou para dois pontos: das nove torres de monitoramento, apenas uma estava em funcionamento. O outro ponto é a falta de efetivo: apenas dez servidores são responsáveis por custodiar os 2,4 mil presos da Máxima, que precisam se revezar na escala de plantão. “Quem fugiu, observou exatamente essa ausência de pessoal nas torres e recebeu ajuda, pois a corda veio de fora”, diz André.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) garante que ativou a vigilância de outra torre.