Campo Grande News em 20 de Dezembro de 2023
Divulgação/Senad
Corpo de um dos nove pistoleiros mortos em confronto com a Senad, ontem na fronteira
O confronto ocorreu durante buscas no âmbito da Operação Ignis, deflagrada pela Senad e pela Polícia Federal brasileira contra a quadrilha do narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho". Outros nove “soldados” da escolta do bandido foram presos, mas Riveros conseguiu fugir.
Entre os seis já identificados está o brasileiro Alexandre Diamantino de Oliveira. Os outros são os paraguaios Timoteo Leguizamon Báez, o irmão dele Adalberto Leguizamon Báez, Elvio Ramón Vera Rivarola, Rodi Ramón Espinola Amarilla e Hugo Velazco.
Na madrugada desta quarta-feira, os corpos foram levados do necrotério de uma universidade de Salto Del Guairá para a capital Asunción.
Conforme a Senad, três mortos ainda não foram identificados, mas acredita-se que sejam brasileiros. A agência paraguaia acionou o Comando Tripartido, que reúne Paraguai, Argentina e Brasil, para tentar descobrir as identidades.
No final da tarde de ontem, os dez presos na Operação Ignis foram levados de avião para a capital do Paraguai e estão no quartel da Senad. Entre eles, está o brasileiro Ricardo Luiz Picolotto, o “R7”, sócio de Felipe Santiago Acosta Riveros e responsável em fornecer armas a facções criminosas brasileiras. Picolotto foi preso em sua casa, em Salto Del Guairá.
Os outros nove são pistoleiros que formam a milícia que protege Felipe Riveros e as cargas de drogas e armas enviadas ao Brasil. Eles foram localizados em uma das fazendas do narcotraficante.
Formam o grupo preso os brasileiros Gabriel Fernando dos Santos, o “Gordinho”, e Carlos Daniel Castro Wenceslau e os paraguaios Eusebio Acosta Riveros, Heriberto Roa Coronel, Hugo Ramón Benítez, Hugo César González, Alfredo Guzmán Portillo, Cristian Santiago Martínez e Sergio Denis Medina Benítez.
Considerado um dos bandidos mais sanguinários do território paraguaio, “Macho” atua ao estilo dos cartéis mexicanos, sempre acompanhado por homens fortemente armados.
Felipe Santiago Acosta Riveros é considerado foragido da Justiça Federal do Brasil por envolvimento no assassinato do militar do Exército brasileiro Daniel Engelmann, 19, em maio de 2020.
O soldado fazia parte da equipe do Exército que patrulhava o rio Paraná na região de Guaíra (PR) quando se deparou com uma embarcação da quadrilha, carregada com meia tonelada de maconha. Na tentativa de abordagem, os traficantes reagiram atirando e mataram o soldado.
No Paraguai, “Macho” é acusado pelo assassinato de um policial e por promover diversos ataques a tiros a delegacias, além de operações de resgate de presos. Seu nome está na lista vermelha da Interpol.
A Operação Ignis cumpriu mandados em três endereços, apreendeu seis caminhonetes de grande porte, 30 fuzis, uma metralhadora antiaérea calibre 50 e 19 carregadores calibre 7,62.
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