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Em dois anos, exportação de insumo para produção de cocaína caiu 70% na fronteira de Corumbá com a Bolívia

Leonardo Cabral em 12 de Dezembro de 2023

Divulgação/Receita Federal

Trabalho de fiscalização conta também com cães farejadores

A Receita Federal de Corumbá fecha o ano de 2023 com uma redução de aproximadamente 70% no índice de exportação de acetato de etila pelo Porto Seco. O produto químico é utilizado no refino da cocaína na Bolívia.

Conforme a Receita Federal, isso se deve às ações estratégicas na área de fronteira, com o apoio da Divisão de Vigilância e Repressão da 1ª Região Fiscal.

Desde setembro de 2021, essas iniciativas resultaram em uma apreensão recorde dos insumos químicos, o que significa um avanço no combate ao tráfico internacional de drogas, que conta com ações conjuntas envolvendo outros órgãos fiscalizadores.

Em ações da Receita Federal, em conjunto com a Polícia Federal, FELCCN Santa Cruz/Bolívia e Agência Brasileira de Inteligência, foram apreendidos mais de 450 mil litros de acetato de etila, solvente essencial na etapa intermediária entre a cocaína base e o cloridrato de cocaína, nos últimos dois anos na região de fronteira.

Além do acetato de etila, houve apreensões de outros insumos, como peróxido de hidrogênio e ácido bórico.

Com as ações minuciosas e apreensões, a Receita estima que cerca de 35 toneladas de cocaína, considerando a proporção de 13 kg de acetato para 1 kg de cocaína, deixaram de ser produzidas, causando grande prejuízo ao tráfico de drogas.

Divulgação/ Receita Federal

Mais de 450 mil litros de acetato de etila apreendidos na fronteira

A análise dos dados revela que a queda no tráfico desses insumos em 2022 e 2023 está diretamente relacionada às operações de apreensão e, principalmente, ao reforço do controle aduaneiro.

Se em 2020, a queda pode ter sido influenciada pela pandemia, "é inegável que a atuação mais rigorosa da Receita Federal desempenhou um papel importante nos resultados alcançados nos últimos anos", destacou o órgão em nota. 

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