Bolívia monta força-tarefa para transferência de “Iraque” para o Brasil

Força-tarefa, envolvendo desde os “Diabos Vermelhos” até agentes da Inteligência da Polícia Boliviana, fez parte do esquema de segurança de transferência do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), de Mato Grosso, Igor Oliveira de Campos, 27 anos, conhecido como “Iraque”. Ele foi transferido para o Brasil após ser expulso por ordem judicial do território boliviano.

Iraque estava em posse de armas de fogo e munições quando foi preso no fim de semana. Ele estava com mais cinco integrantes de sua organização, que também foram presos. Em audiência, o juiz Roberto Arias, determinou a expulsão imediata do país, depois de ficar constatado que ele é foragido da Justiça do Brasil por vários crimes.

Em audiência cautelar, o líder da organização vestia calça jeans e camiseta listrada, porém, no momento da transferência, em helicóptero Super Puma, vestia outra roupa e estava com uma toalha laranja cobrindo a cabeça e usava colete a prova de balas. 

A prisão

Igor Oliveira foi detido no fim de semana na zona norte da cidade de Santa Cruz, distante cerca de 650 km da fronteira com Corumbá/MS. 

Até aquele momento a Polícia não sabia quem era ele, pois havia se identificado com o nome falso de Caio Oderilson da Silva Duarte. A Polícia Boliviana, em contato com a Polícia Federal do Brasil, apurou que a verdadeira identidade.

Igor de Oliveira é o líder do PCC no estado de Mato Grosso, o que significa que controlava todos os negócios ligados ao tráfico de drogas e ao tráfico de armas nessa região com a fronteira da Bolívia. Além disso, tinha sob seu comando outros membros da facção.

Entre seus cúmplices estavam duas mulheres e três homens que permaneceram presos na Bolívia. Um dos homens foi preso por agentes da Polícia Federal, em Corumbá, em abril deste ano, quando tentava ingressar em território boliviano, conforme apurou o Diário Corumbaense. Ele tem passagens criminais no Rio de Janeiro por roubo e tráfico de drogas e foi preso no setor de Imigração da PF, na linha internacional.

Com informações do jornal El Deber.

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