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Ministro critica estados contrários à prescrição médica para vacinar crianças contra a covid-19

Agência Brasil em 29 de Dezembro de 2021

Divulgação

"Não são médicos", disse ministro sobre prefeitos e governadores que não devem seguir recomendação de prescrição médica

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, considerou nesta quarta-feira (29) pacificada a polêmica em relação à consulta pública sobre vacinação do público infantil. Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter recomendado a vacinação dessa faixa etária com imunizante da Pfizer, o Ministério da Saúde decidiu abrir uma consulta pública sobre a necessidade de imunização de crianças de cinco a 11 anos contra a covid-19.

"Isso é um assunto já pacificado. A recomendação do Ministério está aí para que todos os brasileiros tomem conhecimento, para que a sociedade civil possa se manifestar. A consulta pública é um instrumento da democracia, amplia a discussão sobre o tema e dá mais tranquilidade aos pais para que eles possam levar os seus filhos às salas de vacinação", defendeu Queiroga em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira.

consulta começou na última quinta-feira (23) e ficará disponível até 02 de janeiro. A expectativa é de que no dia 05 seja divulgado o resultado.

Ao ser questionado sobre estados que já anunciaram que não devem seguir a recomendação do Ministério para que crianças, a partir de 5 anos, sejam imunizadas mediante prescrição médica, Queiroga cobrou que os estados se manifestem na consulta pública. "Governadores falam em prescrição (médica), prefeitos falam em prescrição. Pelo que eu sei, a grande maioria deles não é médico, então eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais", criticou.

Campanha

Durante a entrevista, Queiroga avaliou que o Brasil avançou muito na campanha de vacinação contra a covid-19. “A população brasileira avançou bastante na nossa campanha de imunização: 80% da população vacinável, ou seja, aqueles acima de 12 anos, tomaram duas doses de vacina. Isso mostra o grande sucesso da nossa campanha de vacinação. E o principal ponto para essa campanha ter sucesso é a liberdade dos brasileiros em buscar as políticas públicas”, destacou.

Ainda sobre a imunização contra o coronavírus no país, o ministro da Saúde reconheceu que três estados brasileiros - Amapá, Roraima, Maranhão - ainda estão abaixo da média de cobertura vacinal do país e preocupam a pasta. Segundo o ministro, no Maranhão a situação só não é mais difícil por causa da capital, São Luís, onde o índice de vacinação é alto.