PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Pais e avós são presos por “vender” crianças em troca de churrasco e celulares

Campo Grande News em 26 de Novembro de 2020

Arquivo/CG News

Flagrante foi feito pela delegada Joilce Ramos Silveira

Avós e pais de vítimas de 11 e 12 anos de advogado de 44 anos, foram presos por “vender” as crianças para o suspeito em troca de pagamento de conta de água, luz, compra de mantimentos, churrasco e celulares caros. O caso foi registrado em Anastácio, distante 140 quilômetros de Campo Grande.

No total, sete estão presos, incluindo o advogado, que foi autuado por vários crimes. Eles passarão por audiência de custódia na Justiça nesta quinta-feira (26), para definir se ficarão presos esperando o andamento do inquérito e posterior processo ou se poderão responder em liberdade. A reportagem não vai divulgar o nome dos envolvidos, seguindo determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), para não identificar as vítimas.

O caso vem sendo investigado há 6 meses pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), mas o flagrante ocorreu na quarta-feira (25) pela delegada Joilce Ramos Silveira com apoio da Polícia Militar. O advogado foi preso com as duas vítimas e uma adolescente de 15 anos dentro do carro. No automóvel foram apreendidos cervejas abertas, estimulantes sexuais e camisinhas.

À polícia, os pais e avós contaram que o advogado frequentava a residência deles havia 1 ano. Segundo eles, o autor levava as meninas para lanchar à noite, ficava sozinho com as menores por pelo menos 4 horas e as deixavam de volta na porta de casa. Porém, negaram saber que o advogado mantinha relação sexual com as menores.

Divulgação

Objetos que foram apreendidos no carro do advogado

Segundo a polícia, o autor foi abordado, próximo a rodoviária, no caminho do escritório de advocacia onde ele costumava praticar o ato sexual. O advogado foi autuado por dirigir sob efeito de álcool, estupro de vulnerável, por fornecer bebida a menor e por favorecimento a prostituição ou outra forma de exploração sexual.

Ao ser abordado, ele disse que havia acabado de deixar uma mulher de 22 anos (parente das vítimas) no trabalho e seguia para a casa das meninas. Contou que a cerveja era da jovem, que não tinha consumido bebida alcoólica, nem fornecido álcool para as crianças. O advogado nega o crime.  Segundo ele, conheceu o avô das meninas primeiro, depois o restante da família que mora na mesma rua. Recentemente, o pai de uma das vítimas chegou a ficar preso por homicídio.

A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) aguarda notificação de flagrante para suspender a licença do advogado suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescente.