Leonardo Cabral em 18 de Novembro de 2020
O entregador acusado de ameaça e também de ter puxado uma faca, para uma mulher de 54 anos, contou a sua versão ao Diário Corumbaense. Segundo ele, ao fazer a entrega do lanche, foi insultado primeiro. O caso aconteceu por volta das 20h30, de terça-feira, 17 de novembro, em uma vila, localizada na rua Colombo, região central da cidade.
Ele pediu para ser identificado apenas pelas iniciais, K.M.C.D., de 30 anos. Trabalhando há oito anos como entregador e atualmente prestando serviço a um estabelecimento, localizado na rua Cabral, relatou que durante todos esses anos, jamais passou por situação semelhante.
Ao chegar na vila, o entregador bateu palmas, chamando pela pessoa que havia feito o pedido do lanche, porém, quem saiu foi a senhora de 54 anos, que o acusa de ameaça.
O entregador disse que perguntou pelo cliente que fez o pedido, mas recebeu como resposta insultos e palavrões. Na hora, K.M.C.D., pegou o celular que estava em seu bolso e entrou em contato com a lanchonete informando a situação.
Neste momento, ele alega que a mulher que estava na companhia do marido tomou o telefone de suas mãos, por pensar que ele estaria filmando-a. O aparelho permaneceu ligado e as atendentes que estavam na lanchonete ouviram os insultos da mulher.
Pelos ânimos exaltados, o entregador saiu da vila e foi para a lanchonete. “Ao chegar, logo em seguida, o marido dela foi até o estabelecimento armado com um revólver, ameaçando os funcionários que ali estavam. Ele apresentava sinal de embriaguez, junto com a mulher, e não satisfeito, ainda chutou algumas cadeiras e mesas do local e, então, foi embora”, relembrou.
Mas, como o celular estava ainda em posse da mulher, o entregador acompanhado do gerente da lanchonete resolveu voltar até a vila. K.M.C.D. disse que levou uma faca porque se sentiu ameaçado pelo fato do marido da mulher ter ido até o estabelecimento armado com revólver.
Já no local, uma nova discussão teve início, momento em que admite ter puxado a faca para a senhora, pois o marido dela estava na Delegacia registrando o caso.
“Confesso que fiquei com a cabeça quente e me arrependo de ter puxado a faca, mas no momento de tensão passei do limite e fui contido pelo gerente, que me desarmou. Nada justifica o que fiz, mas queria esclarecer o ocorrido e pegar meu celular de volta”, falou a este Diário.
Um vizinho da vila acompanhou toda a cena e depois procurou o dono da lanchonete relatando o que de fato havia ocorrido. “Essa testemunha viu que não fui eu que comecei a situação e que em nenhum momento fui grosseiro ou faltei com respeito à senhora, apenas estava fazendo o meu trabalho e diante dos insultos comecei a me defender”, completou o entregador.
Ele ainda lembrou que o celular foi jogado pela mulher. “Já desarmado, ela jogou meu celular no chão. Após recuperar, voltamos para a lanchonete e de lá meu patrão, que estava ciente da situação, me aconselhou a ir para casa e depois procurar a Delegacia de Polícia para registrar o caso”, disse.
Algumas horas depois, o entregador foi até o Distrito Policial. "Não pude registrar o boletim de ocorrência, pois ao chegar, o atendente na Delegacia, disse que não era possível registrar boletim naquele momento, pois estava sem sinal de internet”, contou.
O entregador retornou à Delegacia hoje entre 10h30 e 11h. "Fui até lá, desta vez acompanhado de testemunhas e do meu patrão, só que da mesma forma não consegui registrar o BO, pois alegaram novamente que estavam sem sinal de internet, mas eles recomendaram para na quinta-feira (19) procurar o cartório da Polícia Civil, para registrar o boletim de ocorrência", concluiu.
18/11/2020 Mulher denuncia que foi ameaçada por entregador de lanches
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