PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Postos de trabalho caem pelo quarto mês consecutivo em Corumbá

Rosana Nunes em 10 de Julho de 2020

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Cenário de retração começou a se delinear em fevereiro em Corumbá

A economia corumbaense registrou em maio o quarto mês consecutivo de desempenho negativo no índice de empregos formais em 2020. A constatação é baseada nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, divulgados nos primeiros cinco meses deste ano.

O indicador, que mede a diferença entre contratações e demissões, mostra que no período foram fechados 243 postos de trabalho com carteira assinada na cidade. De janeiro a maio de 2020, Corumbá contabilizou 1.508 admissões formais, contudo foram registradas 1.751 demissões.

As estatísticas do Ministério da Economia apontam que as mulheres foram as mais prejudicadas. Segundo o Caged, do saldo negativo de 243 vagas - de janeiro a maio -, 132 mulheres foram demitidas enquanto 111 homens perderam o emprego.  Por faixa etária, as maiores baixas se concentraram nos trabalhadores de 40 a 49 anos e 50 a 64 anos. Cada uma com 62 demissões. A faixa dos profissionais entre 25 e 29 anos também teve encolhimento, com 58 dispensas no período.

Por grau de instrução, a retração de empregos formais foi maior para aqueles que tinham ensino médio completo, somando um total de 111 pessoas demitidas. Fundamental incompleto (-43) e médio incompleto (-38) foram os outros níveis de escolaridade que mais demitiram nestes cinco primeiros meses de 2020. Por outro lado, 5 pessoas declaradas como analfabetas mantiveram suas vagas no mercado de trabalho.

Encolhimento a cada mês

Este ano, somente janeiro pode ser classificado como bom desempenho na economia para os trabalhadores com carteira assinada em Corumbá. Naquele mês, foram registradas 442 admissões e 387 desligamentos. O que gerou saldo positivo de 55 vagas.

A partir de fevereiro, o cenário de retração começou a se delinear com saldo negativo de 33 postos de trabalho. Houve 368 admissões e 401 demissões. Em março, a economia corumbaense ensaiou recuperação com 386 contratações, 389 dispensas e saldo negativo de 3 vagas.

Os maiores baques foram sentidos em abril e maio. O quarto mês do ano contabilizou 169 contratações formais e 324 desligamentos, gerando o maior saldo negativo do ano com o fechamento de 155 postos de trabalho. Em maio, a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia identificou que a economia corumbaense admitiu 143 pessoas e demitiu outras 250, deixando o município com déficit de 107 vagas no mercado de trabalho. Os dados de junho serão divulgados somente no final deste mês.

O Novo Caged

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). É utilizado pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais.

Este Cadastro serve, ainda, como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.

Desde janeiro de 2020, o uso do Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para parte das empresas, conforme estabelecido pela Portaria SEPRT nº 1.127, de 14/10/2019. Permanece a obrigatoriedade de envio das informações por meio do Caged apenas para órgãos públicos e organizações internacionais que contratam celetistas.

O Novo Caged é a geração das estatísticas do emprego formal por meio de informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web. Com informações do Ministério da Economia.

PUBLICIDADE