G1/Blog do Valdo Cruz em 30 de Junho de 2020
O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira (30) a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. Até a última atualização desta reportagem, o Palácio do Planalto não tinha anunciado oficialmente a saída do ministro.
No fim da tarde, o assessor especial do ministro, Paulo Roberto, deixou o prédio do ministério e confirmou o pedido de demissão do ministro. Ele afirmou que não teve acesso à carta entregue por Decotelli a Bolsonaro e disse que o ministro está "visivelmente abalado com essa situação”.
Após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou Decotelli a deixar o cargo.
Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda, o presidente já dava como insustentável a situação dele. Bolsonaro fez a publicação depois de ter se reunido com Decotelli e ouvido explicações.
São três os pontos questionados no currículo de Decotelli: denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV); declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.
Na última quinta-feira, Bolsonaro anunciou e o "Diário Oficial da União" publicou a nomeação do ministro. Mas no fim de semana, após se tornarem públicas inconsistências em seu currículo, nem chegou a tomar posse.
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