Leonardo Cabral em 24 de Fevereiro de 2020
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Homenageada Dona Maninha, veio no carro que encerrou o desfile, ao lado de varias gerações de descendentes
Primeira agremiação a entrar na passarela do samba na noite desta segunda-feira, 24 de fevereiro, último dia de desfile oficial, a agremiação se rendeu mais uma vez à homenagens a personalidades do município pantaneiro.
Essa viagem nas dez décadas de vida da homenageada teve início no seu nascimento, em 1919. Quem estava à frente do governo do país, era o presidente Epitácio Pessoa e a principal distração da população nessa época era o cinema, que junto a “Dona Maninha”, nascia trazendo alegria, fazendo uma trajetória de vida sempre ligada ao seu grande coração.
Na comissão de frente, a agremiação veio retratando parte do nascimento e juventude de “Dona Maninha”. Como uma espécie de brincadeira, as figuras presidenciais fizeram a corte para a vinda de “Felisberta” a este mundo, relembrados em dois momentos: o seu primeiro ano de vida chegando a sua juventude.
Logo em seguida a tradicional Coroa da Imperatriz, remeteu à coroa da matriarca do povo. Junto a ela um bolo de aniversário veio para celebrar o centenário da homenageada da noite nas cores vermelho e dourado.
A agremiação ainda mostrou a celebração mais pura que pode existir entre homem e mulher, o matrimônio entre de “Dona Maninha” e seu esposo, Manoel Félix. A bateria da escola foi a responsável em relembrar essa fase da vida do casal. Os ritmistas vieram fantasiados de noivos, tendo como o autor pela celebração, o padre, o mestre de bateria Ninho.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Rainha Ana Paula e a bateria comandada pelo mestre Ninho
Além disso, a agremiação se agarrou em parte da história do Brasil, como o tratado de Paz de Versalhes, assinado em 1919, sacramentando cada país derrotado na Primeira Grande Guerra Mundial que chegava ao seu fim. Também, em uma das alas, foi possível ver a primeira fábrica da empresa Ford, contextualizando os acontecimentos do ano em que a homenageada nasceu.
Referência à Fazenda Laranjal, não foi esquecida pela Imperatriz, evocando a infância de “Dona Maninha” em um dos seus carros alegóricos. A cidade que adotou, Aquidauana, foi mostrada no desfile, bem como as ações sociais com enfermos e uma de suas habilidades, a costura, durante sua trajetória de vida, grande parte no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
E encerrando a apresentação, claro, em ritmo de festa pelo centenário, a agremiação trouxe em seu último carro, o jantar da família e convidados, onde juntos celebravam os 100 anos de vida de “Dona Maninha”, que indispensavelmente, apesar da idade, marcou presença, ladeada de várias gerações de descendentes, mostrando animação e vitalidade, sentimentos que fazem parte de sua trajetória de vida.
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