Carnaval movimenta economia de Corumbá e rede hoteleira registra 100% de ocupação

Tendo um dos mais tradicionais e melhores carnavais de Mato Grosso do Sul e também da região Centro-Oeste, Corumbá deve receber durante a Folia de Momo, cerca de 10 mil visitantes. E para dar as boas-vindas aos foliões, o município, além de uma extensa programação da festa e da calorosa receptividade, característica própria do corumbaense, os turistas têm variedades de hospedagem. A rede hoteleira, pousadas e hostels de Corumbá estão com as reservas fechadas.

O que resta para alguns foliões que deixaram para a última hora, é aguardar em fila de espera, caso haja desistência de alguma reserva. Esse é o caso do hotel Gold Fish, localizado às margens do rio Paraguai, na Avenida Rio Branco.

“Aqui em nosso hotel todos os quartos já estão fechados. Infelizmente não há mais vagas, mas como nos anos anteriores, estamos trabalhando com a fila de espera. Todos os anos, nessa época, os hotéis ficam cheios e desde já, os 80 apartamentos que tem sua variedade nos preços estão reservados para o Carnaval”, disse José Onofre, gerente do hotel.

Já a gerente do Hotel Santa Mônica, Carla Correa Martins, localizado na rua Antônio Maria Coelho, região central da cidade, informou que quase 100% dos apartamentos estão ocupados para o período da festa.

“O Carnaval é um período de grande movimento e as reservas no hotel tiveram início ainda no mês de setembro do ano passado”, contou ao Diário Corumbaense. A média de preço no estabelecimento pode chegar a R$ 460,00 a diária.

Luciane Toledo, gerente do hotel Nacional, na rua América, Centro, informou que houve poucas desistências de reservas. “Confirmamos a reserva com os clientes e tivemos poucas desistências. A movimentação é muito intensa nessa época do ano em Corumbá”, falou informando que a média de gasto varia entre R$ 270,00 a R$ 420,00 por apartamentos individual, duplo e triplo.

Outra modalidade de hospedagem que vem crescendo nos últimos dois anos em Corumbá são os hostels. Com preços populares e acessíveis, os hóspedes veem, além de uma economia no bolso, a forma de se interagir com outras pessoas, já que na maioria, os quartos são compartilhados, podendo também ser individual dependendo da preferencia do cliente.

Para o proprietário de um hostel, Celso Cesar do Nascimento, localizado na rua Sete de Setembro com a Avenida General Rondon e rua Delamare, bem no centro da estrutura do carnaval de Corumbá, a demanda surpreendeu.

“Estamos com os apartamentos lotados. Não temos vagas, mas também há uma lista de espera de no máximo 10 pessoas que aguardam desistência. Caso haja, elas serão encaixadas”, revelou informando que os gastos variam entre R$ 50,00 a R$ 140,00 por dia.

Em Corumbá, existem 22 estabelecimentos (hotel, pousadas e hostels) na área urbana e 26 na área rural. Desse total, são 2.200 leitos disponíveis para os turistas e visitantes que buscam a cidade para o Carnaval ou até mesmo em outras ocasiões, pelo fato de o município ser uma cidade turística, porta de entrada para o Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Movimentação de visitantes em 2019

Conforme dados da Fundação de Turismo, a fronteira Brasil/Bolívia, registrou total de 1.884 acessos na cidade durante o Carnaval, não levando em consideração os residentes de Corumbá e das cidades bolivianas da fronteira.

Ainda, os dados revelam que 5.934 visitantes ingressaram pelo Posto de Fiscalização Lampião Aceso, às margens da BR-262. O Terminal Rodoviário teve movimentação de 1.884 passageiros e o Aeroporto Internacional de Corumbá, registrou 141 embarques e desembarques na cidade, totalizando um fluxo de 9.750 visitantes um aumento de 14,5% a mais do que em 2018.

Após o término do Carnaval 2019, aliado aos dados do fluxo de turistas que adentraram no município, os números da movimentação financeira também foram levantados destacando tanto a movimentação de turistas, como a dos residentes, totalizando gastos de R$ 3.460.226,08 para residentes e R$ 6.844.533,59 para visitantes.

Em 2020, o carnaval corumbaense tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura, com a liberação de R$ 700 mil, distribuídos entre as escolas de samba, blocos e a Prefeitura. O investimento total na folia pantaneira é de R$ 3,5 milhões, segundo a Prefeitura, que estima um retorno financeiro para a cidade, com a movimentação da cadeia produtiva, de R$ 13 milhões, 3% a mais que no ano passado, quando foram contabilizados R$ 10 milhões.