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Com “aula pública”, manifestantes retornam às ruas em defesa da Educação

Leonardo Cabral em 13 de Agosto de 2019

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Ato teve início em frente a UFMS na Rio Branco

Acadêmicos do Campus Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), professores e profissionais da educação da Rede Pública e estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) juntamente com alguns professores, aderiram à paralisação nacional da Educação. A categoria protesta contra o contingenciamento de recursos da educação, defende a autonomia das universidades públicas e é contra a reforma da Previdência.

A concentração teve início em frente à UFMS, na Avenida Rio Branco, via que liga Corumbá a Ladário, com a “aula pública”, na tarde desta terça-feira (13). De acordo com o professor e representante do sindicato dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus Pantanal, Waldson Luciano Corrêa Diniz, ressaltou a mobilização nacional. “Trata-se da mesma pauta que é a defesa da constituição, contrário à reforma da previdência que já está indo para o Senado, contrário ao contingenciamento que prejudica a manutenção das Universidades Públicas”, explicou.

Para a acadêmica de pedagogia, Edilene Maria Chaves, que está no quarto semestre, os contingenciamentos impostos pelo governo afetam diretamente os acadêmicos na sala de aula.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Acadêmica de pedagogia, Edilene Maria Chaves

“A educação é o caminho, para ajudar as pessoas a pensarem e a combater as desigualdades. O que estão fazendo é sim retrocesso. Eu e todos os acadêmicos presentes nesse ato em defesa do conhecimento, dos acadêmicos e de um país que não pode retroceder, estamos engajados nessa luta”, disse Edilene.

A manifestação nacional é uma continuidade da mobilização de maio, organizada em defesa da manutenção das verbas para o ensino superior. Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), os contingenciamentos anunciados pelo governo afetam não só o ensino superior, mas também a educação básica, o ensino médio e programas de alfabetização.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Raquel Guimarães garantiu que as aulas nas escolas que aderiram à paralisação hoje, serão repostas

“As escolas daqui uns dias não irão se sustentar como algumas Universidades não estão conseguindo mais. Não podemos nos calar. Temos que gritar e mostrar que não estamos contentes e não vamos aceitar o que eles querem impor. Nosso nome é resistência”, falou a presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), Raquel Guimarães.

Ainda conforme ela, neste dia de mobilização parte das escolas públicas aderiu à paralisação. “Teve escolas que aderiram parcialmente e escolas que não fecharam. As aulas serão repostas conforme o calendário de cada instituição que será decidido com a comunidade escolar”, ressaltou ao Diário Corumbaense.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Manifestantes seguiram para as ruas do Centro de Corumbá

A paralisação tem, entre outras pautas, os recentes cortes no orçamento do Ministério da Educação, onde universidades e institutos federais estão entre os mais afetados, mas a educação básica também está ameaçada, segundo a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Um novo bloqueio no orçamento do MEC no valor de R$ 348 milhões, divulgado na semana passada, afetará a compra e a distribuição de centenas de livros didáticos que atenderiam crianças do ensino fundamental de todo o país.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), as manifestações estavam agendadas em ao menos 170 cidades dos 26 estados, além do Distrito Federal.

Após a mobilização em frente a UFMS, os participantes seguiram em caminhada para o centro de Corumbá. 

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