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Investigado pela PF e CGU, Ricardo Ametlla é exonerado da Seinfra

Rosana Nunes em 09 de Julho de 2024

Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense

Ex-secretário de Infraestrutura, Ricardo Ametlla

O Diário Oficial de segunda-feira, 08 de julho, trouxe a exoneração de Ricardo Campos Ametlla, então titular da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos de Corumbá. Ele é investigado pela Polícia Federal por crimes licitatórios e de corrupção que estariam sendo praticados na Seinfra.

O documento, assinado pelo prefeito Marcelo Iunes, destaca que a exoneração foi a pedido, "para não se criar nenhum impedimento à investigação em andamento". 

O advogado André Borges, que assumiu a defesa de Ametlla afirmou a este Diário que "é chegada a hora da defesa, que será oportunamente apresentada; quem tiver paciência e garantir o benefício constitucional da dúvida saberá, no momento certo, que nada houve de errado”.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Corumbá informou que o prefeito ainda define o substituto para a pasta. 

Operação João Romão

No último dia 03, a Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União, deflagrou a Operação João Romão, que apontou que o ex-secretário teria criado uma empresa que acabou vencendo diversos procedimentos licitatórios da pasta sob sua responsabilidade.

A investigação da PF começou em 2021, após denúncia. Depois houve solicitação para que a Controladoria Regional da União no Mato Grosso do Sul realizasse uma auditoria. De acordo com a CGU, os auditores apuraram que houve direcionamento indevido da contratação de ao menos duas obras públicas para uma empresa ligada ao secretário municipal de Infraestrutura, Ricardo Ametlla. A PF, segundo a Controladoria, aprofundou a investigação e confirmou os dados levantados pelos auditores.

A PF ainda apurou indícios de irregularidades que teriam permitido a empresa suspeita ter capacidade financeira e técnica para participar dos certames licitatórios que venceu.

No período de 2022 a 2024, a empresa investigada firmou contratos que ultrapassam os R$ 12 milhões com a Prefeitura de Corumbá. Desse montante, informa a CGU, cerca de R$ 6 milhões envolveram repasses de recursos federais para o município, principalmente  para obras na área de esportes. 

Na operação do dia 03 de julho, a Polícia Federal e a CGU cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em Corumbá e Campo Grande. Foram apreendidos R$ 100 mil em espécie em endereços de investigados, veículos, documentos e mídias digitais que vão ser periciados. 

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