Leonardo Cabral em 06 de Fevereiro de 2024
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
No barracão da Mocidade ritmo de trabalho é intenso
Mais do que artista, Almir Sater é um dos grandes defensores e apaixonados pelo Pantanal. Além de defender o tri, a escola de samba também superou a vontade do carnavalesco, Edilson Oliveira, que voltou atrás, após anunciar um tempo fora da folia.
“Realmente tinha dito que iria me afastar por um tempo, tinha feito outros planos, mas foi complicando, já estava trabalhando na Mocidade, como em outras escolas, como havia dito, que seria com meu ateliê, mas com a saída do antigo carnavalesco, fui pegando mais e mais trabalhos e, por fim, acabei assumindo a responsabilidade, me firmando mais uma vez como carnavalesco da agremiação e vamos sim, em busca do tricampeonato”, explicou Edilson ao Diário Corumbaense.
Por conta dessas mudanças no “meio do caminho”, Edilson teve que dar uma repaginada no enredo da escola, mas sem fugir da proposta, que é trazer a homenagem ao Almir Sater, pantaneiro raiz.
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De acordo com o carnavalesco, o enredo é rico, por se tratar do homenageado que tanto ama o Pantanal e pela sua “comitiva esperança”.
“Começamos desde os primeiros imigrantes de Campo Grande, pois o homenageado é nascido lá, influência da colônia paraguaia, libanesa. Almir Sater aos doze anos já tocava violão e gostava do mato e sons da natureza. Aos 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, mas desistiu da carreira de advogado, pois sua paixão pelo Pantanal falou mais alto. Ele é um homem que luta pela natureza, pelo Pantanal”, frisou o carnavalesco.
O homenageado
Almir Eduardo Melke Sater é um violeiro, cantor, compositor, ator e instrumentista brasileiro. Gravou seu primeiro disco solo, Estradeiro, em 1981 pela Continental. Participou de diversos shows e festivais de música e, nos anos 1990, ao aceitar convites para representar em novelas "personagens de violeiro", se tornou conhecido nacionalmente como cantor e ator. Em 2012, figurou entre os 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão.
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Com mais de 30 anos de carreira e 10 discos solo gravados, Almir tornou-se um dos responsáveis pela preservação da viola de 10 cordas. O músico acrescentou um toque mais sofisticado ao instrumento, temperado com estilos estrangeiros como o blues, o rock e o folk, uma mistura de música folclórica, clássica e popular.
A Mocidade independente da Nova Corumbá é a segunda escola de samba a entrar na avenida no domingo (11), com o enredo: A Mocidade Apresenta Almir Sater, o Pantaneiro Cantador da Esperança.
Ficha Técnica
Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente da Nova Corumbá
Fundação: 22/06/1999
Presidente: Bosco
Cores: Verde, Vermelho e Branco
Carnavalesco: Edilson Oliveira
Enredo: A Mocidade Apresenta Almir Sater, o Pantaneiro Cantador da Esperança.
Samba-enredo: A Mocidade Apresenta Almir Sater, o Pantaneiro Cantador da Esperança.
Compositores: Leonardo Bassa, Dudu Botelho e Franco Cava
Intérpretes: Braguinha, Ivonete, Karen, Helder e Breno
Mestre de Bateria: Marcigley Santana
Número de componentes: 700
Número de alas: 20
Número de carros alegóricos: 4 + 1 tripé
Componentes da bateria: 100
Porta-bandeira: Lorrainny
Mestre-sala: Robson
Rainha da bateria: Carol Castelo
Informações: (67) 991640119
Samba-enredo
Na imensidão do verde pantaneiro,
Pôr do sol , um violeiro
Tanta prosa pra contar
Poeira recordações
No chão desse país
No palco das ilusões
Foi calouro e aprendiz
No verso das canções
Luar do pantanal
Estradeiro coração
Na força do instrumental
Voa linda arara,
leva pro céu a minha paixão
E como um dia sonhara
Desce o véu da nossa emoção
Com seu "Jeito de mato"
esse talento nato
Vai dedilhando a sua história
"No rastro da lua cheia"
Toca a chalana pra aldeia
Num rio de sentimento
A força do "peão"
O amor de Ana Raio
e Zé trovão
Preservar é sua luta
Uma missão sem igual
Respeitando a vida
No coração do pantanal
Ando devagar
Porque já tive pressa
Vou tocando em frente
Junto com a nossa gente
Arrasta pé nessa festança
Abre a porteira
pra comitiva da esperança
Ê viola....
Pega a sanfona e me faz cantar
Ê viola...
A Zona Sul na avenida vai brilhar
Almir Sater, a voz da canção
É o samba da Mocidade embalando a multidão
e esse chão é a minha raiz
Traz o som da natureza que me faz Feliz
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