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E, novamente, a eleição de 2016...

Por Ruiter Cunha de Oliveira(*) em 27 de Outubro de 2016

Quebrarei o sagrado silêncio dos vitoriosos para voltar ao debate de uma eleição que se recusa a terminar, como deveria, com o solene acatamento à vontade majoritária dos eleitores.

Não comentarei a ação proposta pelo Ministério Público Eleitoral perante o Juízo da 7ª Zona Eleitoral porque ela ainda não foi aberta ao contraditório. E mais ainda, porque confio na lisura da nossa campanha e no trabalho desassombrado da Justiça.

O que me traz ao tema é o amargo travo de ser fustigado diariamente com inverdades destiladas pelo adversário que se alçou à inimizade gratuita desde que as tratativas da minha candidatura ainda eram embrionárias.

Todos os dias houve uma querela, uma notinha, uma plantação de boatos, um veneno a mais .... Não houve diálogo, não houve trégua, não houve sossego. Não houve, por isso mesmo, conduta republicana e nem democrática e nenhum, zero, nulo respeito ao povo corumbaense, antes, durante e depois da campanha.

Política democrática não se faz pela desconstrução do adversário, mas pelo debate franco de ideias; e não se analisa se um governo é bom, reduzindo a estatura do adversário para que caiba no tamanho do próprio fracasso.

Bem por isso que a escolha majoritária foi contrária ao desmando, à arrogância e ao abuso, mesmo remando contra a torrente de abominações a todo o tempo engendradas pela máquina de moer reputações.

Minha campanha foi desprovida de recursos e alimentada pela rede de amigos, mas foi muito mais encorpada por milhares de pessoas que já não aguentavam mais assistir passivamente ao desfile solitário de um ego alienado do tecido social corumbaense;  portanto, fica evidente que a cidade está rejeitando as soluções autocráticas e personalistas, apostando seu futuro na pactuação permanente de uma governança cada vez mais democrática.

(*) Ruiter Cunha de Oliveira, prefeito eleito de Corumbá