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Menor de 16 anos é acusado de matar brasileira em Santa Cruz de la Sierra

Leonardo Cabral em 05 de Abril de 2025

Reprodução El Deber

Jenife foi encontrada morta na casa onde vivia em Santa Cruz

A 1ª Vara da Infância e da Adolescência de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, determinou a apreensão preventiva de 45 dias no Centro Nova Vida de Santa Cruz (Cenvicruz), de adolescente de 16 anos, por feminicídio. Ele é acusado de matar a brasileira, Jenife Socorro de Almeida da Silva, de 37 anos, que estava prestes a se formar em medicina.

Na quarta-feira, 02 de abril, a brasileira foi encontrada morta dentro do quarto que alugava em uma casa localizada no bairro Villa Azul, zona norte de Santa Cruz. O exame de corpo de delito apontou que Jenife morreu por asfixia mecânica (sufocamento). Por isso, agentes da Força Especial de Combate à Violência (Felcv) de Los Tusequis investigaram o crime e descobriram, por meio de mensagens do celular da vítima, que a última pessoa que esteve com ela foi o menor.

"É um crime de feminicídio. A investigação nos levou a um adolescente que pode ser responsável criminalmente e que, segundo seu depoimento, tinha uma relação próxima com a vítima", explicou o promotor do Departamento de Santa Cruz, Alberto Zeballos Flores.

Apreensão do menor

O suspeito foi apreendido menos de 24 horas após o crime, em sua casa. O adolescente alegou que, no dia 1º de abril, conheceu a brasileira na Praça 24 de Setembro, onde vendia pulseiras para mulheres. Ele se apresentou à ela, como um jovem de 20 anos, trocaram números de telefone e combinaram de sair.

Segundo as investigações da Felcv, no dia 02 de abril, o menor e Jenife, se encontraram em um shopping no 4º anel viário da capital Santa Cruz. Em seguida, ambos foram até a casa da brasileira.

Em depoimento ao Ministério Público, o adolescente alegou que ela estava viva quando deixou o local. Até mostrou uma fotografia que tiraram juntos, no entanto, foi apreendido e indiciado pelo crime de feminicídio.

Reprodução TV Norte

Colegas de faculdade protestaram em frente ao Palácio da Justiça pela morte da brasileira

O promotor Zeballos disse que, devido à gravidade do caso e à condição de cidadã estrangeira da vítima, protocolos especiais estão sendo implementados em coordenação com as autoridades diplomáticas brasileiras.

Segundo amigos, Jenife Silva retornou à Santa Cruz de la Sierra para defender tese de conclusão do curso de medicina. 

Seus colegas de faculdade protestaram em frente ao Palácio da Justiça com faixas exigindo a pena máxima para o suposto assassino. Eles também informaram que a família da vítima chegará a Santa Cruz neste fim de semana para o translado do corpo. Jenife deixou dois filhos.

Com informações do jornal El Deber.

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