Da Redação em 18 de Fevereiro de 2025
O Município segue com medidas para conter a disseminação da doença. São rotineiras as visitas domiciliares com inspeção e tratamento de caixas d'água; realização de bloqueio químico com inseticida, além de ações educativas para conscientizar a população sobre a importância da participação de todos nas ações de combate e prevenção à doença.
Toda essa ação visa eliminar do interior dos imóveis existentes na cidade, pequenos depósitos móveis, vasos e pratos de plantas, frascos com plantas, bebedouros de animais, pneus e outros materiais rodantes, bem como lixo diverso, como recipientes plásticos, latas, sucatas e entulhos. Tudo isso é apropriado para proliferação do mosquito da dengue.
Paralelo a todo esse serviço, a Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá acompanha o quadro epidemiológico de dengue no município. O período de Carnaval, que se aproxima, e a abertura da temporada de pesca são eventos que trarão maior fluxo de pessoas à cidade.
O monitoramento diário trouxe a confirmação de dengue tipo 3, variante grave, que não era registrada há mais de 15 quinze anos na cidade. Por se tratar de uma questão de saúde pública, é essencial o envolvimento de diversos setores para o planejamento e execução de estratégias eficazes no combate ao Aedes aegypti, visando o controle da doença e a prevenção de óbitos.
Levantamento de Índice Rápido
O 1° Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado no período de 06 a 10 de janeiro de 2025, pela Secretaria Municipal de Saúde, mostrou que Corumbá apresenta índice de infestação do mosquito Aedes aegypti de 4,40%. O aceitável pelo Ministério da Saúde é de até 1%.
Os bairros com maiores indicadores são Guatós (14,42%); Nova Corumbá (10,79%) e Jardim dos Estados (8,06%). O depósito predominante para a larva do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya (arboviroses) é o reservatório do tipo A2 – caixas d’água em nível de solo.
O que são os sorotipos da dengue?
Sorotipos são variações do vírus que, embora pertençam à mesma espécie, possuem diferenças em sua composição antigênica. No caso da dengue, os quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) são suficientemente distintos para que uma infecção por um deles não ofereça imunidade contra os outros.
Isso significa que uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes, uma por cada sorotipo. Além disso, infecções subsequentes por diferentes sorotipos aumentam o risco de formas mais graves da doença.
A infecção por determinado sorotipo tem efeito protetor permanente contra aquele sorotipo especifico e efeito protetor temporário contra os outros sorotipos.
Por que o sorotipo 3 é o que mais preocupa?
O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença. Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.
A introdução de um novo sorotipo em uma população previamente exposta a outros tipos pode levar a epidemias significativas.
No Brasil, por exemplo, o aumento da incidência da doença entre 2000 e 2002 foi associado à introdução do DENV-3, elevando o risco de epidemias e febre hemorrágica de dengue.
Prevenção e cuidados
Diante da circulação dos quatro sorotipos no país, é fundamental intensificar as medidas de prevenção, especialmente no controle ao mosquito transmissor. Eliminar focos de água parada, utilizar repelentes e instalar telas de proteção são algumas das ações recomendadas.
Além disso, é importante estar atento aos sintomas da dengue e procurar assistência médica imediata em caso de suspeita, especialmente se houver sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos.
A vigilância constante e a adoção de medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação da dengue e minimizar os riscos associados aos seus diferentes sorotipos, especialmente o DENV-3.
Com informações da Assessoria de Comunicação da PMC e Agência Brasil.
07/03/2025 Além da dengue, chikungunya também exige atenção neste período chuvoso
25/02/2025 Governo anuncia vacina 100% nacional contra a dengue no SUS em 2026
25/02/2025 Saúde de Corumbá reforça combate ao Aedes aegypti com uso de carro fumacê
24/02/2025 Saúde mobiliza parceiros e pede a moradores que reforcem cuidados contra o mosquito da dengue
15/02/2025 Ministério da Saúde amplia idade para receber vacina contra a dengue
13/02/2025 SES distribui testes rápidos de dengue para municípios de MS
11/02/2025 Opas emite alerta para risco de surtos de dengue 3 nas Américas
11/02/2025 Combate à dengue retirou 348 toneladas de materiais inservíveis em duas ações em Corumbá
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.