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Buscando recuperar área queimada, região do Amolar vai receber mudas de plantas frutíferas

Da Redação com assessoria de imprensa do IHP em 11 de Janeiro de 2022

Divulgação/IHP

Ação tem as vertentes de restauração mais rápida dos ambientes e segurança alimentar das comunidades

Região quase isolada do Pantanal, a Serra do Amolar receberá mudas de plantas frutíferas e também outros plantios para a recuperação da vegetação queimada durante os incêndios que atingiram o Pantanal em 2020. A ação será executada pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro) e a NFC (Nós Fazemos o Clima). 

O biólogo e agroflorestor Murilo Arantes explica que serão duas frente de atuação. A primeira, as comunidades pantaneiras da Serra do Amolar e da Barra do São Lourenço alternativas de plantio orgânico nas comunidades que possam também contribuir para a restauração dos ambientes. É um trabalho de segurança alimentar feito nas comunidades. 

A segunda frente de atuação é o plantio de sistemas agroflorestais - também conhecido como plantios biodiversos e densos. Neste caso, o objetivo é a restauração mais rápida dos ambientes. 

Divulgação/IHP

Barco é preparado com mudas para serem levadas às comunidades

“A gente entra com mais espécies e faz o manejo, ou seja, dinamiza o trabalho de restauração. A proposta para o futuro é ter essas áreas de referência, popularizar o conhecimento entre as comunidades e preparar o IHP para, caso tenha áreas impactadas pelo fogo futuramente, possa restaurá-las a partir da aplicação dessas técnicas”, afirma Arantes. 

O presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo, afirma que todo o trabalho impacta, inclusive, na preservação da fauna pantaneira. “No Moquem, uma região que foi brutalmente atingida pelo fogo, será um oásis agora, com plantas frutíferas típicas da região. Isso vai acabar fomentando o retorno da fauna, em especial as aves. Também teremos aceiros verdes, uma estratégia de proteção e prevenção ao fogo, em que contaremos com o apoio da Brigada Alto Pantanal”, explica. 

Parceria 

A NFC é uma rede de pessoas e instituições que busca promover a agrofloresta e agricultura sintrópica como alternativa para muitos dos problemas enfrentados pela sociedade hoje. A instituição tem como CEO a escritora e roteirista Edmara Barbosa, filha do autor da novela Pantanal, Benedito Ruy Barbosa. 

Preocupada com a situação do Pantanal durante e após os incêndios, Edmara decidiu atuar pela preservação direta do bioma. Como Rabelo já conhecia Benedito Ruy Barbosa da época da novela Pantanal, os laços acabaram sendo fortalecidos e a parceria firmada para atuar na conservação e preservação do bioma. 

“Essa parceria é estratégica para a conservação do Pantanal. A missão do IHP sempre foi trabalhar com as comunidades locais e, claro, preservar o Pantanal e sua cultura. Quando conseguimos parceiros para atuar não só na preservação do meio ambiente, mas também na inserção das comunidades locais, ficamos muito gratos e certos de que temos cumprido nossa missão”, afirma Rabelo.

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