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Família de ribeirinhos perde casa em incêndio no Pantanal; morador faz apelo emocionado; veja vídeo

Leonardo Cabral em 22 de Setembro de 2021

Reprodução/Vídeo enviado ao Diário Corumbaense

Morador há 40 anos na região, seu Antônio teve casa destruída pelas chamas

“Perdi tudo o que eu tinha há 40 anos, como pescador profissional. Não sobrou nada. Sobrou a minha família, ainda bem. Foi um filme de terror que passamos, era fogo para tudo quanto é lado”. Esse é o relato do ribeirinho, Antônio Caetano Alves, que teve a casa destruída pelo fogo na região do Paraguai Mirim, no Pantanal de Corumbá.

A casa foi completamente consumida pelas chamas, na terça-feira, 21 de setembro. O fogo avançou para a residência no final da tarde. No imóvel estavam ele, a esposa e dois filhos. No vídeo, o ribeirinho implora para que cessem os focos de incêndio no Pantanal.

“Estou pedindo, não ponham fogo no Pantanal, nunca coloquei fogo, está acabando com a natureza, a fauna e flora. Estão acabando, caça uma tarefa para fazer, pelo amor de Deus, não coloque fogo no Pantanal. Hoje aconteceu comigo, amanhã pode ser outra família, não ponha fogo”, pediu Antônio que nas imagens aparece junto com um dos filhos e a esposa, Davina, que estão abrigados na casa de vizinhos.

Reprodução/Vídeo enviado ao Diário Corumbaense

Momento em que o fogo começou na casa do ribeirinho no início da noite de terça-feira

Ao saber do que aconteceu com a família, a filha do casal, Madalena Arruda Alves, que trabalha na escola Jatobazinho, mas que está em Corumbá a trabalho, relatou a tristeza em saber a situação da família. Ela também mencionou que nesses dois últimos anos, houve uma piora nas queimadas.

“Nesses dois últimos anos, o Pantanal vem enfrentando essa situação e isso está fazendo o povo que mora lá sofrer, a natureza está se acabando, a região já é precária de muitas coisas e agora com o fogo fica bem mais difícil. Quando soube que o fogo consumiu a casa dos meus pais, foi um desespero, mas saber que ninguém ficou ferido é um alívio. Agora é tentar reerguer”, falou ao Diário Corumbaense, Madalena Arruda que ainda mencionou a morte de alguns animais na propriedade. “Sei até agora que cachorros e galinhas não conseguiram se salvar”, completou.

“O medo de acontecer com outras famílias é grande”, pontuou.

Solidariedade

Assim que soube da situação dos pais de Madalena, a coordenadora da Central Única de Favelas em Corumbá (CUFA), Amanda de Paula, resolveu, junto com amigos, fazer arrecadações de alimentos, roupas ou qualquer item que possa ajudar a família de Antônio Caetano.

Vídeo enviado ao Diário Corumbaense

“Soubemos pela Madalena o que aconteceu com o pai dela, a partir de então, nos unimos para  arrecadar itens que possam ajudar a família. Estaremos recebendo as doações no escritório da Acaia. qualquer ajuda será bem-vinda”, esclareceu Amanda.

Como ajudar

Precisam de roupas tamanho adulto (feminino e masculino), roupas infantis tamanho 10 anos (feminino).

Entre em contato com a filha deles @mada_arruda ou com a @cufacorumba que está recebendo as doações.

Um dos pontos de apoio é a sede da Acaia, localizada na Ladeira Cunha e Cruz, n° 71 , Porto Geral. Além disso, as doações, quem preferir, podem ser feitas em dinheiro, através do Pix da filha do casal, Madalena.

Pix:

06518353139 (Madalena) ou 67996241819.

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