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Presa desde o início do ano, ex-presidente da Bolívia tenta suicídio na prisão

Leonardo Cabral em 22 de Agosto de 2021

Arquivo Reuters/Carlos Garcia Rawlins

Jeanine é acusada de participar de um golpe para derrubar Evo Morales em 2019

A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, tentou suicídio na cela da Cadeia de Miraflores, em La Paz, onde está presa desde o começo do ano. Ela fez três cortes no pulso esquerdo e um no antebraço. Todos os cortes precisaram de pontos. Porém, o Governo minimizou a situação ao dizer que são apenas “pequenos arranhões” e a Polícia diz que a ex-presidente apenas “quis chamar a atenção”.

“Lamento informar ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez teria tentado provocar uma automutilação nas primeiras horas de hoje; no entanto, informamos que seu estado de saúde está estável e que ela tem pequenos arranhões em um dos braços e não há com o que se preocupar ”, disse o ministro de Governo, Eduardo del Castillo, após confirmar a informação que já circulava nas redes sociais.

Já a advogada de Áñez, Norka Cuéllar disse que ela teve três cortes no pulso esquerdo e um no antebraço. “Às 07h40 o médico entrou e já a encontrou com os cortes. No pulso esquerdo, ela tem três cortes, fizeram três pontos; e no antebraço fizeram quatro pontos. A perícia foi acionada, os psicólogos também, juntamente com a Força Especial de Combate ao Crime (Felcc), fizeram todo um ‘show’, pois todos queriam fotografá-la (Áñez) e nós não permitimos ”, disse Cuéllar em entrevista ao jornal El Deber. 

Por enquanto, a situação da ex-presidente é crítica, disse a advogada, uma vez que a ex-autoridade sofre um quadro de depressão e hipertensão que não está sendo tratada como deveria.

A ex-presidente, que está presa aguardando julgamento, foi detida no início de 2021 sob a acusação de participar de um golpe para derrubar o líder Evo Morales em 2019. Áñez nega as acusações e diz que é vítima de perseguição política.

A Bolívia agora é governada pelo presidente socialista Luis Arce, que pertence ao partido de Morales.

Com informações do jornal El Deber.