PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Comunidade palestina de Corumbá faz carreata e pede paz na Faixa de Gaza

Leonardo Cabral em 15 de Maio de 2021

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Comunidade palestina que vive em Corumbá se uniu para pedir paz na área dos conflitos

Os ataques violentos noticiados pela imprensa internacional envolvendo Israel e a Palestina, são acompanhados com muita preocupação pela Comunidade Palestina que mora em Corumbá. Na manhã deste sábado (15), uma carreata pelas principais ruas da cidade chamou a atenção para o momento extremamente crítico, que já deixou muitos mortos na Faixa de Gaza.

Ao Diário Corumbaense, Omar Faris, nascido na Palestina e representante da comunidade Árabe Palestina, se mostrou preocupado com os ataques, que vêm crescendo nos últimos dias.

“O manifesto é contra as atitudes do governo israelense e soldados que estão invadindo e bombardeando a Faixa de Gaza, Jerusalém, matando pessoas inocentes. A Faixa de Gaza está acabada. Jerusalém, cidade santa, respeitada, eles estão impedido os fiéis muçulmanos de praticar as orações. Montam barreiras, estão atirando nas pessoas e não deixam ninguém chegar para socorrer. É um verdadeiro massacre. Queremos um basta, queremos Paz, e através dessa carreata pacífica, pedimos a paz para a Palestina, Jerusalém, paz na Faixa de Gaza. Mesmo distantes, fazemos essa corrente de paz”, falou Omar.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Omar disse que sentimento é de tristeza e muita apreensão

Só neste sábado, 15 de maio, dez pessoas de uma mesma família palestina, incluindo oito crianças, foram mortas em um bombardeio israelense na Faixa de Gaza, informaram fontes médicas.

Além disso, um prédio de 12 andares na Faixa de Gaza que abriga os escritórios da Associated Press (AP), dos Estados Unidos, e da emissora Al Jazeera, do Catar, desabou, após ser atingido por mísseis israelenses, informaram as agências Reuters e France Presse

Já militares israelenses disseram que cerca de 2.300 foguetes foram disparados de Gaza contra Israel desde segunda-feira, com cerca de 1.000 interceptados por defesas antimísseis e 380 caindo na Faixa de Gaza.

Para o comerciante, Falastin Ady, que vive em Corumbá e que participou da carreata com a família, os conflitos são desesperadores, pois inocentes estão perdendo a vida em um cenário de destruição.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Carreata percorreu as principais ruas do Centro

“Chega de guerra para todos os lados, tanto para o povo israelense, quanto aos palestinos. O problema é que Israel ocupa território palestino e mais da metade de Jerusalém, eles tomaram conta e estão desapropriando residências de cidadãos palestinos, estão tirando de suas casas para colocar pessoas que vêm de outros países e expulsando o povo que vive lá. Isso é desumano, o povo de Israel, tanto árabe e judeu rezam do mesmo lado, não é uma guerra religiosa, mas sim, de ocupação. Eles estão fazendo esse ataque na Faixa de Gaza, com objetivo de tirar a atenção da desapropriação de casas em Jerusalém. A nossa carreata é em solidariedade ao povo palestino, um míssil caiu na Faixa de Gaza, matou família inteira, deixando apenas com vida uma criança. Meu pai mora lá, está com 97 anos e até hoje, Israel não permitiu que ele tomasse a vacina (contra a covid)”, contou Falastin.

A carreata percorreu a área central de Corumbá. Todo o trajeto, desde a concentração, ao lado da pista de Skate, na rua Frei Mariano, foi cumprido seguindo as medidas de biossegurança, com o uso de máscaras pelos participantes. Bandeiras da Palestina e cartazes junto a bandeiras do Brasil, pediram paz.

O conflito

O Hamas, grupo islâmico que comanda Gaza, disparou os ataques de foguete na segunda-feira para retaliar choques da polícia israelense com palestinos perto da mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do islã, em Jerusalém Oriental.

Desde então, os episódios de violência se espalharam em cidades onde judeus e a minoria árabe de Israel convivem lado a lado. Também houve confrontos entre manifestantes palestinos e forças de segurança israelenses na Cisjordânia ocupada.

PUBLICIDADE