Da Redação em 23 de Outubro de 2020
A edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19 estimou que a população desocupada, que era de 10,1 milhões no começo da pesquisa, em maio, passou para 13,5 milhões em setembro, um recorde da série histórica. O aumento foi de 4,3% no mês e de 33,1% desde maio. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Há um aumento da população desocupada ao longo de todos esses meses. Esse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltam a pressionar o mercado de trabalho”, disse, em nota, a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
A pesquisa estimou a população ocupada do país em 82,9 milhões de pessoas em setembro, aumento de 1% frente ao mês anterior e retração de 1,7% em relação a maio. “A população ocupada era de 84,4 milhões em maio e caiu até o mês de julho, quando volta a ter variações positivas, chegando ao contingente de 82,9 milhões em setembro. Ainda está abaixo do número que tínhamos em maio, mas já mostrando uma leve recuperação nos meses de agosto e setembro”, afirmou a pesquisadora.
A força de trabalho, soma da população ocupada e da desocupada, passou de 94,5 milhões, em maio, para 96,4 milhões em setembro. O número de pessoas fora da força de trabalho caiu 1,5% em relação a agosto, chegando a 74,1 milhões. Já a taxa de desemprego passou de 13,6%, em agosto, para 14%, a maior da série histórica da pesquisa.
Mato Grosso do Sul
O Estado registrou a terceira melhor taxa de pessoas desocupadas do Brasil, segundo a PNAD Covid-19, apresentando índice de 9,5% em setembro, atrás somente de Rondônia (9,1%) e Santa Catarina (7,8%). De acordo com o IBGE, Mato Grosso do Sul também apresentou o sétimo melhor rendimento médio, com R$ 2.275.
O IBGE aponta ainda que 15 mil pessoas ocupadas e afastadas deixaram de receber remuneração no Estado. O índice de domicílios que receberam auxílio emergencial chegou a 40,6%, com média de R$ 859.
Dentre as pessoas ocupadas, 466 mil são empregadas do setor privado com carteira assinada. Outros 282 mil trabalhadores estão por conta própria.
A pesquisa também apontou que 77,6% não tiveram alteração no rendimento, 19,4% apresentaram rendimento menor do que o normalmente recebido e somente 3% tiveram recebimento maior que o comum.
As informações são da Agência Brasil e do Campo Grande News.
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