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Fogo do outro lado do rio Paraguai segue em direção a um areeiro

Leonardo Cabral em 08 de Julho de 2020

Foto enviada ao Diário Corumbaense

Fumaça ainda persiste e equipes seguem combatendo o fogo; do outro lado rio, a cidade de Corumbá

O fogo que já tinha consumido 30 hectares de uma área, que fica em frente ao Porto Geral de Corumbá, do outro lado do rio Paraguai, reduziu bastante. Conforme o Corpo de Bombeiros Militar, imagens feitas por drone na manhã desta quarta-feira (08), não identificaram chamas de grande proporção. 

Mesmo assim, equipes de combate a incêndio em vegetação, que conta com bombeiros de Corumbá e de Aquidauana, estão no local contendo pequenos focos. Normalmente, os ventos fortes contribuem para a propagação do incêndio. Porém, após a ventania de ontem e madrugada de hoje, com chuva fraca, o fogo reduziu bastante e está indo em direção a um areeiro que existe naquela região. 

Ainda segundo informações dos bombeiros, o areeiro deve funcionar como um aceiro e contribuir para a extinção do fogo. A guarnição que está no local trabalha para que as chamas não sigam em uma área de vegetação que contorna o areeiro, evitando dessa forma que se propague para além deste ponto.

Foto enviada ao Diário Corumbaense

Incêndio pode ter sido criminoso

Mesmo sem a visualização do fogo, os bombeiros ressaltam que isso significa que está queimando por baixo da vegetação em menor intensidade, porém provocando muita fumaça ainda. Fumaça essa que chegou a encobrir a cidade nos últimos dois dias. A suspeita é de que o fogo tenha sido criminoso, já que na área próxima ao incêndio, uma recente plantação de mandioca foi encontrada, o que leva a crer que para limpar a área, os plantadores atearam fogo na vegetação. A situação é investigada para poder identificar os suspeitos. 

Jatobazinho

Na região do Jatobazinho, onde também são registrados focos de incêndio, as equipes se mantêm em prontidão. É que o fogo ainda pode se alastrar pelas proximidades da sede da Escola Rural - atividade de ensino em regime de internato, da Ong Acaia Pantanal, que atua em parceria com a Prefeitura de Corumbá.

Como em Corumbá e em regiões próximas houve registro de ventos fortes por conta da mudança climática, isso contribuiu para que o fogo, durante a madrugada, voltasse em locais que já havia sido extinto, conforme informou ao Diário Corumbaense o coronel Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).

Foto enviada ao Diário Corumbaense pelo IHP

Fogo ainda persiste na região do Jatobazinho; equipes estão de prontidão

“Durante à noite o fogo voltou pulando o aceiro e foi um susto outra vez. Mas, as equipes de combate se mobilizaram para conter o incêndio novamente. Diria que estamos com uma situação que exige esforços de controle ao sinistro”, falou Rabelo.

Ele ainda mencionou que pouco mais de 20 mil hectares já foram consumidos pelas chamas. “Isso corresponde a todas as áreas próximas à escola e para onde o fogo propagou”, completou informando também que ainda são utilizados dois tratores, um como caminhão pipa, e outro que ajuda a fazer o aceiro, garantindo a possibilidade do controle das chamas.

Seis brigadistas, enviados pelo IHP e mais a equipe dos bombeiros, com cinco militares do 3° Grupamento de Corumbá, seguem no trabalho de combate ao incêndio florestal no Jatobazinho.