Silvio Andrade, da Assecom do Governo de MS em 07 de Julho de 2020
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No entorno da escola do Jatobazinho foi feito um aceiro para impedir o avanço do fogo
A tendência é a redução da umidade relativa do ar com valores diários que podem ficar abaixo de 30% em algumas regiões do Estado, com picos mínimos abaixo de 20%, acrescida de temperaturas elevadas e acima da média. Na avaliação da Defesa Civil, um quadro que agrava a situação de pandemia devido a redução da qualidade do ar.
“São indicadores que afetam diretamente a saúde da população, onde uma das consequências diretamente associada ao coronavírus é a questão respiratória, que piora devido à fumaça”, explicou o coronel Fábio Catarinelli, coordenador da Defesa Civil do Estado.
PMA faz alerta
Em nota, a Polícia Militar Ambiental (PMA) lançou um alerta para que as pessoas evitem uso do fogo, especialmente neste período de prolongada estiagem, informando que quase 100% dos incêndios registrados e que causam transtornos ambientais e à saúde são de origem humana e criminosos.
Neste período (1º de julho a 30 de setembro), os órgãos ambientais do Estado não expedem licenças para a queima controlada em Mato Grosso do Sul, estendendo-se até 31 de outubro no Pantanal. “Além disso – informa a PMA -, nenhum município autoriza realização de queima em perímetro urbano em qualquer período”.
Provocar incêndio em mata ou floresta pode gerar prisão em flagrante. A pena prevista é de dois a quatro anos de reclusão, além de o infrator ser autuado administrativamente e multado em R$ 1.000,00 por hectare ou fração, em área agropastoril ou vegetação não protegida por lei, e R$ 5.000,00 por hectare em vegetação protegida.
Fogo no Pantanal
Um dos maiores municípios do país, com 65 mil quilômetros de extensão, dos quais 70% de Pantanal, Corumbá lidera o ranking (69,7%) dos focos de calor, com 165 ocorrências somente nas últimas 24 horas.
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Fogo se propaga com a força do vento na região do Paraguai-Mirim
“A situação está sob controle no entorno da escola, que esteve ameaçada pelo fogo devido a rápida propagação causada pelo vento, mas as chamas avançam pela vegetação”, informou Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP). “A escola foi protegida por aceiros abertos com uso de tratores e esteiras”, completou.
Empresa multada
Enquanto na região de Corumbá a PMA iniciou investigações para apurar as causas da queimada, a corporação militar autuou, por meio de denúncias, uma usina sucroenergética no município de Costa Rica devido a um incêndio ocorrido em uma área plantada de cana-de-açúcar, às margens da MS-135, na última semana de junho.
“O fogo era tão intenso que chegou a atingir a área urbana da cidade”, informou a PMA, que multou a empresa em R$ 294 mil. O fogo se originou na lavoura, conforme levantamento de campo, e destruiu 294 hectares de canavial. Segundo a PMA, a empresa alegou que o incêndio foi criminoso, porém não apresentou provas, bem como comprovação de licença ambiental para a queima controlada, proibida no período.
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